A condenação do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva a nove anos e seis meses
de prisão pelo juiz federal Sergio Moro, nesta
quarta-feira (12), não mandará o petista automaticamente para a cadeia. Isso
porque Moro é um juiz de primeira instância e, assim, sua decisão não basta
para que a pena seja cumprida imediatamente. Pelo mesmo motivo, Lula
ainda não está fora da disputa à Presidência da
República em 2018.
Conforme
entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) firmado
em novembro de 2016, as penas determinadas pela Justiça de primeiro grau só
podem ser executadas, ou seja, o condenado só pode ser preso, a partir da
confirmação da condenação na alçada judicial superior.
No caso
de Lula, portanto, ele só será levado à cadeia para cumprir a sentença caso
seja condenado pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região
(TRF4), composta dos desembargadores João Pedro Gebran, Leandro Paulsen e
Victor Laus, os responsáveis por revisar
as decisões de Sergio Moro.
Não se
sabe quando a defesa do ex-presidente vai apelar da sentença, nem quando Moro
enviará os autos do processo contra Lula ao TRF4. O tribunal leva, em média, um
ano, um mês e 15 dias para julgar recursos às sentenças do magistrado, contados
a partir da chegada dos processos à segunda instância.
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