quinta-feira, junho 23, 2011

Não devem ser fonte de lamentações

O director do Gabinete de Informação (GABINFO), Ricardo Dimande, disse ontem que aquela instituição só poderá pronunciar-se acerca da alegada gestão danosa na Agência de Informação de Moçambique (AIM), depois de a equipa de auditores enviada pelo Governo para aquela instituição der por terminado o seu trabalho.De uns tempos a esta parte, alguns órgãos de informação, com destaque para o semanário Público, têm reportado notícias que dão conta de uma suposta gestão danosa e lesiva ao Estado por parte da direcção daquela instituição, na pessoa do seu director-geral, Gustavo Mavie. Como resultado dessas denúncias, o Governo enviou uma equipa multidisciplinar de auditoria, que tem estado a “vasculhar” as contas da AIM para averiguar a veracidade das informações postas a circular. Segundo Dimande, neste momento é prematuro falar do caso AIM uma vez que o trabalho ainda está em curso, sendo, por isso, incorrecto fazer comentários de um caso que ainda não conheceu o término. Dimande falou à margem do 2º Conselho Consultivo do GABINFO, que decorre em Maputo, que entre outros temas tem como objectivo analisar o estágio da implementação da política e estratégias de comunicação do Governo em 2010, o primeiro semestre de 2011 e a proposta para o próxima ano, bem como palestras sobre o processo da digitalização em Moçambique e o relato das experiências da Rádio Moçambique e da Televisão de Moçambique.

Entretanto, o vice-ministro da Justiça, Alberto Nkutumula, disse na abertura do Conselho Consultivo do GABINFO que a comunicação social desempenha um papel activo no combate à corrupção, na consolidação da unidade nacional e na promoção do desenvolvimento socioeconómico do país. Segundo Nkutumula, o cidadão informado pelos profissionais de comunicação social sabe que está em melhores condições de tomar decisões e de materializar as políticas traçadas pelo Governo e de contribuir com o seu saber para o desenvolvimento nacional.“Por isso, o Governo, de forma contínua, promove o acesso à informação e à comunicação para todos os cidadãos, assente nos princípios da liberdade de imprensa, de expressão e de opinião, consagrados na Constituição da República. Apraz-nos reafirmar neste magno encontro que o Governo de Moçambique pugna por uma informação mais dinâmica e proactiva, sendo os profissionais de comunicação social nossos parceiros e principais actores e garantes da materialização destes direitos constitucionais”, frisou. Num outro desenvolvimento o vice-ministro da Justiça disse esperar que as reflexões sejam uma mais-valia para aprimorar o funcionamento da área da comunicação social, da qual o Executivo espera um importante contributo para a divulgação das realizações do Governo e do povo, para a materialização das políticas e edificação de um Moçambique cada vez melhor para todos. “A actual crise económica e financeira mundial tem impacto profundo sobre as nossas instituições. Contudo, os constrangimentos que daí advêm não devem ser fonte de lamentações, antes pelo contrário devem constituir desafios a vencer, para que possamos sempre visualizar o futuro, com novas e boas perspectivas”, salientou. Entre várias atribuições, o GABINFO tem a tarefa de assessorar o Governo em questões específicas da área de informação, assessorar o Primeiro-Ministro em matéria de comunicação social, facilitar a articulação entre o Governo e os meios de comunicação social, promover, em articulação com os porta-vozes dos ministérios, a divulgação pública das actividades oficiais, facilitar o acesso à informação dos órgãos de comunicação social e do público em geral.

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