O avião fretado pelas Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) à Transatlantic (Air Atlantis), que tem estado a efectuar voos entre Maputo e Lisboa, foi sexta-feira abalroado por uma viatura da MHS, uma empresa que sob contrato com a companhia aérea de bandeira moçambicana presta serviços de manuseamento de carga e atendimento de passageiros à LAM. O aparelho está imobilizado num hangar da LAM, em Maputo.Grande parte dos passageiros impedidos de voar, devido ao acidente, continuam hospedados em hotéis providenciados pela LAM.Um outro aparelho, fretado pela LAM à Air Nussus, na África do Sul, espera-se que efectue hoje o voo para a capita portuguesa.Estas informações foram obtidas em Joanesburgo em contacto pessoal com Adam Yussof, director de Comunicação e Imagem da LAM.O A fuselagem do aparelho da ‘Air Atlantis’, com tripulação portuguesa, foi afectado e por uma questão de precaução o voo teve de ser adiado. Suspeitando-se de que a aeronave deixara de reunir condições de segurança para voar, optou-se por não arriscar, referiu o director de Comunicação e Imagem da LAM .O porta-voz da LAM assegurou que um aparelho fretado a uma empresa sul-africana, até que o avião da Air Atlantis possa voltar a reunir condições para voar, está previsto que chegue esta segunda-feira a Maputo. e o voo reprogramado com chegada a Lisboa amanhã por voltas das 07h30.O avião sinistrado na sexta-feira já se encontrava com os passageiros do voo TM 706 a bordo quando se deu o acidente.“Face à situação, a LAM está a prestar assistência aos passageiros, e desde já apresenta as sinceras desculpas pelos transtornos causados” lê-se num primeiro comunicado a que o adido de Imprensa da LAM nos remeteu.Alguns passageiros do voo sinistrado foram entretanto encaminhados para Lisboa em voos da TAP, companhia portuguesa de bandeira com quem a LAM, companhia moçambicana de bandeira opera em ‘code share’.Dado que os aviões moçambicanos, designadamente os que são propriedade da LAM (NR: não os fretados), estão impedidos de sobrevoar para espaço aéreo europeu, questionado ao adido de Imprensa da LAM sobre a proveniência do avião que irá garantir a viagem dos passageiros que ainda aguardam em terra. Ele respondeu que o mesmo tinha sido “alugado a uma companhia que se dedica ao frete de aviões”.Adam Yussof garantiu que “a LAM continuará a fazer voos para Europa (especificamente Lisboa), apesar das aeronaves registadas em Moçambique estarem interditas de voar para espaço aéreo europeu”.As aeronaves registadas em Moçambique não podem voar para a Europa devido ao facto da entidade que certifica as aeronaves – o Instituto de Aviação Civil de Moçambique (IACM) – não reunir condições para o fazer.O IACM é uma instituição do Estado moçambicano tutelada pelo Ministério dos Transportes e Comunicações.Yussof explicou que o avião que faz a carreira normal Maputo-Lisboa, “é fretado à Transatlantic” (Air Atlantis), uma companhia portuguesa com aeronaves certificadas pela aeronáutica civil portuguesa, o que permite contornar a interdição imposta pela Comissão Europeia a todas as aeronaves certificadas pelo Instituto de Aviação Civil de Moçambique.A aeronave portuguesa acidentada estava devidamente certificada para sobrevoar espaço aéreo português e de uma forma geral todo o espaço europeu.Trabalhadores da empresa de Aeroportos de Moçambique que estiveram de serviço na última sexta-feira, confirmaram que foi uma viatura da MHS que chocou com a fuselagem do avião.A aeronave que substituirá a acidentada sexta-feira só operará para a LAM até que o aparelho sinistrado possa voltar a voar. “Contamos que seja apenas por um semana ou pouco mais”, disseAdam Yussof. “Trata-se de uma solução alternativa”.A companhia por portuguesa de handling (MHS) deverá accionar o seu seguro para compensar a LAM dos prejuízos que a sua viatura causou(F.Veloso e B.Nhamirre)
0 comments:
Enviar um comentário