Moçambique tem um mercado fértil para o investimento no sector de embalagens, de modo a dar suporte necessário ao crescimento da produção e demanda registada nos últimos tempos.Para atrair mais investidores, o Governo moçambicano tem estado a garantir um conjunto de incentivos ligados a facilidades de importação de equipamento e matérias-primas às empresas que surgirem na área de embalagem. O país tem défice de operadores e fornecedores de embalagens, sobretudo de vidro, que é muito procurada, particularmente pelas indústrias de refrigerantes. Neste momento, operam neste sector um total de 32 empresas, das quais 26 com embalagem plástica, quatro de cartão canelado e duas de embalagens metálicas. Estas empresas produzem cerca de 30 mil embalagens de diferentes formas.As grandes empresas, como a Coca-Cola, Cervejas de Moçambique, Pepsi-Cola, entre outras, conseguem produzir, por si, a embalagem de que necessitam para os seus produtos. Porém, o mesmo já não acontece com as micro, pequenas e médias empresas, que são obrigadas a importar, o que “é insustentável”.A situação é mais grave à medida que se caminha mais para o interior do país, onde os pequenos produtores rurais não conseguem ter acesso aos canais de venda de embalagem, para melhorar a apresentação do seu produto.Segundo o Ministro moçambicano da Indústria e Comércio, Armando Inroga, falando durante a abertura da II Feira Internacional de embalagem e equipamento de embalagem (MOZNEG"CIOS), o Ministro disse que o Governo tem estado a desenvolver várias abordagens para o aumento da produtividade no país, o que pressupõe que haja produção, demanda e compra de produtos.Em Moçambique é notório ver muitos produtos nacionais, de qualidade, sobretudo os das zonas rurais, acondicionados em embalagens inadequadas ou alternativas (de produtos já consumidos), o que retira a sua atractividade.De acordo com o Presidente do Pelouro da Industria, Comercio e Serviços da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Mubaraque Abdulrazac, aquela agremiação tem estado a colaborar na busca de investidores para o sector de embalagens dado que existe um grande vazio no país.Para Abdulrazac, dada a importância da boa embalagem para o sucesso dos produtos de consumo, é inconcebível a desculpa de falta de recursos financeiros para a apresentação de uma “montra” que convide ou satisfaça o consumidor.“O empresário deve estar consciencializado de que o factor embalagem é também decisivo para o sucesso do produto. Com esta atitude será possível competir no mercado, pois a embalagem é uma ferramenta de marketing. Dentre suas várias funções figuram as de conservação, protecção, promoção, facilidade de manuseamento, comunicação e informação do prazo de validade e instruções de uso do produto nela contido”, explicou.O problema de embalagens é preocupante em Moçambique, onde, varias vezes, produtos nacionais, até de boa qualidade, são preteridos por outros importados que chegam ao mercado bem embalados e apresentados.
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