O debate em torno da sucessão de Armando Guebuza no cargo do presidente da República de Moçambique já está em marcha. Em Abril do ano passado, a reportagem do Canal de Moçambique contactou Alberto Chipande e não descartou a possibilidade de ele vir a suceder a Guebuza, tendo condicionado o facto à decisão do partido Frelimo. A pergunta que colocada a Alberto Chipande foi a seguinte: “Uma vez que Armando Guebuza já afirmou que não está interessado num terceiro mandato, terá o senhor pretensão de lhe suceder?”.
Chipande afirmou: “Ainda não chegou o momento. Eu trabalhei para a Frelimo desde a sua fundação, com Eduardo Mondlane, Samora Machel, Joaquim Chissano, e agora com Guebuza. Em todos esses anos trabalhei, mesmo para o Acordo Geral de Paz.” Voltando à carga, para que respondesse “sim” ou “não” à pergunta Chipande não descartou o seu interesse: “Eu não sei. A Frelimo é quem sabe”. Seja como for, ficou explícito que Alberto Chipande não afasta a hipótese de ele vir a herdar o lugar de Guebuza, até porque os diferentes grupos da sociedade moçambicana têm discutido sobre a eventualidade de a sucessão de Guebuza abrir lugar à “verdadeira unidade moçambicana”, no lugar de, já lá vão 50 anos, a liderança da organização vir sendo preenchida por originários do Sul do país.
Embora tanto se fale de uma liderança da “nova geração” tudo indica que Alberto Chipande pode vir a suceder a Armando Guebuza, por uma razão de causa e efeito, nomeadamente o facto de a História de Moçambique –lhe atribuir-lhe a autoria do “Primeiro Tiro”, no início da luta armada de libertação nacional. De acordo com vozes que falam em surdina do interior do partido Frelimo, Chipande é apontado como o homem imediatamente a seguir a Armando Guebuza na lista pré-acordada no que diz respeito à sucessão hereditária ou colateral. Em 2014, o ex-guerrilheiro Chipande fará 76 anos, e outras duas figuras que rivalizaram com Armando Guebuza, em 2009, são mais novas do que ele: Afonso Dhlakama (61 anos) e Daviz Simango (50 anos, filho do então vice-presidente da Frente de Libertação de Moçambique, Uria Simango).
O antigo presidente da Frelimo, Joaquim Chissano (1986-2004) tentou sem sucesso quebrar a linha de sucessão hereditária-hierárquica dentro da Frelimo, quando deu azo a que jovens da “nova geração” concorressem ao lugar: enghº Hélder Muteia (Zambézia), enghº Felício Zacarias (Manica), entre outros, mas a ala radical rechaçou-os. Economista Luísa Diogo (Tete) e o Jurista Eduardo Mulémbwè (Niassa) caíram também em desgraça, sob o desígnio dos homens da “linha correcta”. A questão de sucessão na Frelimo promete pano para mangas, quando há também que se ter em conta os indícios de que os fiéis a Joaquim Chissano não se safam à purga. Apesar de Alberto Chipande não ter declinado a sua intenção de um dia ser presidente da Frelimo, em contacto connosco ele foi dizendo: “Não sou eu quem vou dizer sobre a sucessão. Estamos em democracia. Você sabe como é que se faz?” – retomou a pergunta, tudo indicando que remeteu a solução para o X Congresso do “Batuque e a Maçaroca”. Porém, a entrada de um candidato jovem está dependente da renovação ao nível do Comité Central, dominada em mais de 50% pela ala dos libertadores.
Lembre-se que Alberto Chipande (Cabo Delgado) foi Ministro da Defesa Nacional de 1975 até à década de 90. Foi também ele que pôs termo às infindáveis discussões no Bureau Político da Frelimo, quando ainda não se sabia quem iria suceder a Samora Machel, acabado de desaparecer no acidente de aviação em Mbuzini, próximo da Namaacha, em território sul-africano. Conta-se que, já farto de conversas, o “Velho Maconde” deu o veredicto: “O presidente da Frelimo é o camarada Joaquim Alberto Chisssano”, e foi-se embora. Será que Chipande ainda manda alguma coisa na Frelimo, e que a hipótese do avanço de Armando Guebuza para um terceiro mandato foi quebrada pelo facto de ter chegado a hora de alguém que é do Norte? O futuro o dirá. (f1A.Chipande,S.Machel,A.Guebuza;f2 na frente de combate, A.Chipande sentado a esquerda de S.Machel)
Embora tanto se fale de uma liderança da “nova geração” tudo indica que Alberto Chipande pode vir a suceder a Armando Guebuza, por uma razão de causa e efeito, nomeadamente o facto de a História de Moçambique –lhe atribuir-lhe a autoria do “Primeiro Tiro”, no início da luta armada de libertação nacional. De acordo com vozes que falam em surdina do interior do partido Frelimo, Chipande é apontado como o homem imediatamente a seguir a Armando Guebuza na lista pré-acordada no que diz respeito à sucessão hereditária ou colateral. Em 2014, o ex-guerrilheiro Chipande fará 76 anos, e outras duas figuras que rivalizaram com Armando Guebuza, em 2009, são mais novas do que ele: Afonso Dhlakama (61 anos) e Daviz Simango (50 anos, filho do então vice-presidente da Frente de Libertação de Moçambique, Uria Simango).
O antigo presidente da Frelimo, Joaquim Chissano (1986-2004) tentou sem sucesso quebrar a linha de sucessão hereditária-hierárquica dentro da Frelimo, quando deu azo a que jovens da “nova geração” concorressem ao lugar: enghº Hélder Muteia (Zambézia), enghº Felício Zacarias (Manica), entre outros, mas a ala radical rechaçou-os. Economista Luísa Diogo (Tete) e o Jurista Eduardo Mulémbwè (Niassa) caíram também em desgraça, sob o desígnio dos homens da “linha correcta”. A questão de sucessão na Frelimo promete pano para mangas, quando há também que se ter em conta os indícios de que os fiéis a Joaquim Chissano não se safam à purga. Apesar de Alberto Chipande não ter declinado a sua intenção de um dia ser presidente da Frelimo, em contacto connosco ele foi dizendo: “Não sou eu quem vou dizer sobre a sucessão. Estamos em democracia. Você sabe como é que se faz?” – retomou a pergunta, tudo indicando que remeteu a solução para o X Congresso do “Batuque e a Maçaroca”. Porém, a entrada de um candidato jovem está dependente da renovação ao nível do Comité Central, dominada em mais de 50% pela ala dos libertadores.
Lembre-se que Alberto Chipande (Cabo Delgado) foi Ministro da Defesa Nacional de 1975 até à década de 90. Foi também ele que pôs termo às infindáveis discussões no Bureau Político da Frelimo, quando ainda não se sabia quem iria suceder a Samora Machel, acabado de desaparecer no acidente de aviação em Mbuzini, próximo da Namaacha, em território sul-africano. Conta-se que, já farto de conversas, o “Velho Maconde” deu o veredicto: “O presidente da Frelimo é o camarada Joaquim Alberto Chisssano”, e foi-se embora. Será que Chipande ainda manda alguma coisa na Frelimo, e que a hipótese do avanço de Armando Guebuza para um terceiro mandato foi quebrada pelo facto de ter chegado a hora de alguém que é do Norte? O futuro o dirá. (f1A.Chipande,S.Machel,A.Guebuza;f2 na frente de combate, A.Chipande sentado a esquerda de S.Machel)
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