Não é a “lobystas” como Tony Blair, pagos a
preço de ouro por grupos económicos com interesses em África, que se desloca
pelo mundo em jacto privado (no meio de tanta pobreza), promovendo suas agendas
obscuras, que Moçambique deve ouvir quando se trata de discutir como resolver o
problema de Cabo Delgado. Tony Blair não representa mais do que interesses
empresariais e qualquer sugestão que ele faça terá esse cunho empresarial e uma
perpectiva de ganhos económicos. Uma questão interessante era saber mesmo quem
lhe pagou para sugerir a “militarização regional” de Cabo Delgado. Polvilhar a
zona do gás do Rovuma com tropas estrangeiras numa escalada militar implica, da
parte dos investidores, proteger severamente Afungi, abrindo caminho à criação
de um gigantesco “compound” inacessível ao cidadão. Será este o caminho?
[Já em Dezembro, a Total mandou vir um
antigo general do exército francês, Frédéric Marbot, para liderar sua força de
segurança (um investimento que, esperamos, não venha fazer parte dos
"custos recuperáveis" do projecto que a gigante francesa lidera em
Palma). Este, é aliás, um prisma alternativo para compreender a toda
movimentação militarizante à volta do gás do Rovuma.]
Voltando a Tony Blair, é completamente
estranho como ele volta a imiscuir-se em matérias onde sua intervenção foi
desastrosa no passado. Em 2003, quando era Primeiro Ministro britânico, Blair
(apoiando George W. Bush) usou das falsas alegações das armas de destruição em
massa para promover uma trágica invasão ao Iraque, com toda a vergonha de
pilhagem de recursos que se seguiu a isso.
Entre 2001 e 2007, ele apoiou
ferverosamente Muamar Kaddafi, na Líbia, buscando suporte na luta contra
“militantes islámicos” em África e no Afeganistão. Iraque, Líbia e Afeganistão
continuam em guerra até hoje.
Ele, Tony Blair, tem sido
um bom sinónimo do mau agoiro. Mas não se demove.
Na sua empreitada para intervir sobre Cabo Delgado, através do seu Instituto Blair, Tony goza de uma logística altamente onerosa. Vem a Moçambique sempre que lhe apetece, secretamente. A última vez foi a 1 de Dezembro. O PR Filipe Nysi estava em Nampula. Ele tratou de voar para a capital do Norte, no seu jacto, para uns “dedos” de conversa com Nyusi. Ele não promove a transparência. Virou um “lobysta” a favor capitalismo britânico, com enorme ambição de encaixar nos negócios das extractivas em Moçambique. A quem é que ele representa?
Na sua empreitada para intervir sobre Cabo Delgado, através do seu Instituto Blair, Tony goza de uma logística altamente onerosa. Vem a Moçambique sempre que lhe apetece, secretamente. A última vez foi a 1 de Dezembro. O PR Filipe Nysi estava em Nampula. Ele tratou de voar para a capital do Norte, no seu jacto, para uns “dedos” de conversa com Nyusi. Ele não promove a transparência. Virou um “lobysta” a favor capitalismo britânico, com enorme ambição de encaixar nos negócios das extractivas em Moçambique. A quem é que ele representa?
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