terça-feira, março 24, 2020

Eu não estou preocupado com o coronavírus......

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causador da COVID-19. Quem morrer vítima desta pandemia será seu destino, porque medidas para evitar ser contaminado por esses vírus e contrair a doença já foram anunciadas e estão ao alcance de TODOS e igualmente. Não há razão para tanto pânico por causa da COVID-19.

Eu estou preocupado---mas muito preocupa mesmo!---é com a guerra que está sendo movida contra o Estado moçambicano por um grupo armado sem rosto, em Cabo Delgado, e por outro grupo armado com rosto conhecido e sem consequências, em Manica e Sofala.
Estou verdadeiramente preocupado com a paz efectiva e definitiva na República de Moçambique, meu País.

Ver e ouvir o porta-voz do Comando-Geral da República de Moçambique comunicar que um grupo de malfeitores tomou de assalto uma capital distrital, isto sim, é razão bastante para pânico. É motivo para perguntar:

1. Afinal qual é o problema de fundo, em Moçambique?
2. Por que vivemos lutando entre nós, compatriotas?
3. Por que estamos a permitir a invasão das nossas fronteiras por forças estranhas?
4. Por que o nosso Estado está sendo incapaz de garantir paz, segurança, tranquilidade e bem-estar aos cidadãos que vivem e pagam impostos em Moçambique?
 5. Qual é o verdadeiro problema para passarmos a vida em conflitos armados cíclos neste País?

É motivo para exigir e aguardar respostas adultas para estas perguntas a quem de direito. E quem é de direito para dar essas respostas não é Filipe Nyusi, o actual Presidente da República. Não. Quem DEVE responder às perguntas acima é a FRELIMO, o meu partido político; o partido político actualmente no poder em Moçambique; o partido político dirigente do Estado moçambicano desde a independência de Moçambique da administração colonial portuguesa há quase 45 anos!

Não vou terminar de escrever isto aqui sem dizer que os culpados dos conflitos armados cíclicos que se vivem em Moçambique são alguns ditos "veteranos da luta de libertação nacional" que arregimentam as lideranças da FRELIMO desde Eduardo Mondlane, passando por Samora Machel, Joaquim Chissano, Armando Guebuza e, hoje, Filipe Nyusi, enquanto se enriquecem cronicamente dos negócios que esses conflitos lhes proporcionam.

E o que é mais caricato, quando penso e olho no nosso Estado aparentemente incapaz, é que as caras e os nomes de tais "veteranos da luta de libertação nacional" que nos fazem viver ciclicamente em conflitos armados são bem conhecidos. Ontem ajudaram a criar a RENAMO e mataram Samora Machel, para serem eles os donos do património imobiliário do Estado. Hoje ajudam Mariano Nyongo a emboscar viaturas de carga diversa e de passageiros nas estradas de Manica e Sofala, e financiam os miúdos que estão a destruir aldeias, matar pessoas e semear terror em Cabo Delgado, para serem eles os donos da terra e do mar sobre esta. A luta deles é pela posse total das terras férteis e do mar produtivo de Moçambique. Em todos os conflitos, são os mesmos ditos "veteranos de luta de libertação nacional" que instrumentalizam concidadãos---e agora até com apoio externo!---para fazerem guerra contra o seu próprio Estado, de modo a viabilizar negócios egoístas. E fazem isso estando aqui entre nós, em Moçambique, assistindo tudo e chorando lágrimas de crocodilo, enquanto tratam TODO um povo feito idiota. Esta é parte que a mim causa dor desmedida, razão para eu escrever isto aqui e outras coisas antes disto. Sim, causa dor imensa e revolta tremenda ver todo um povo ser tratado por idiota, por um punhada de indivíduos sem ética nem tino!


Não é meu trabalho dizer quem SÃO esses "veteranos"; e até duvido que eles próprios saibam quem são. É trabalho da FRELIMO, e do Estado que esta dirige desde 1975, identificar e desmascarar esses malandros. Não pode a FRELIMO não conhecer esses "senhores da guerra" que pretendem transformar Moçambique em sua propriedade privada. Tal qual no passado a FRELIMO lutou para libertar a terra e os homens do jugo colonial português em Moçambique, hoje também é a mesma FRELIMO que DEVE desencadear a luta para libertar o jovem Estado moçambicano das amarras de um punhado de oportunistas que se escondem nas suas hostes, para que este Estado que nasceu do combate libertador possa servir igualmente---repito, IGUALMENTE!---a todos os moçambicanos sem qualquer tipo de discriminação.

É preciso parar duma vez por todas com todos os conflitos armados que tiram paz e tranquilidade aos moçambicanos. E a FRELIMO e o Estado que esta dirige têm autoridade, conhecimento e força bastantes para isso. Acabe-se, pois, com os conflitos armados cíclicos, e com a miséria e vergonham que estes nos fazem passar, mesmo que isso implique suspender temporariamente o exercício de direitos pelos cidadãos deste GRANDA País que um punhado de egoístas inéptos, escondidos nas hostes da FRELIMO, vivem de fazê-lo pequeno! A FRELIMO tem a obrigação política, moral e patriótica de instar o Governo por si dirigido a impôr o primado da lei na República de Moçambique; e não de mandar uma autoridade legitimamente eleita a negociar o cumprimento da lei com vendedores informais, como recentemente se fez com Eneas Comiche, actual Edil da Cidade de Maputo, na voz duma dita "secretária" de qualquer coisa do Comité da Cidade de Maputo.

Não se negocia o cumprimento da lei criada por uma autoridade legítima; faz-se cumprir, com recurso a todos os meios previstos na mesma lei, incluindo o uso da força. Será sempre um mau precedente negociar o cumprimento da lei, porque propícia a ocorrência de conflitos cíclicos. Quem passa a vida a negociar o exercício da sua autoridade legítima não pode governar com sucesso sustentável. É isto que está a acontecer com a FRELIMO: está perdendo irreversivelmente autoridade política, moral e patriótica para governar Moçambique; e isto ocorre porque esta mesmo FRELIMO permite-se ser antro de malfeitores vestidos a "veteranos de luta de libertação nacional".

Basta de brincadeiras de mau gosto! Basta de anarquia, #mozcompatriotas!
Enfim, reitero o que sempre disse aqui e noutros espaços: Onde não se cumpre a lei, não pode haver progresso sustentável.
Eu disse.
Palavra d'onra!
( Autoria :Dr. João J. Cumbane )


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