O chefe de Estado moçambicano, Filipe
Nyusi, anunciou esta segunda-feira (30.03) que o estado de emergência terá a
duração de 30 dias, com início às 00 horas de 1 de abril e fim às 24 horas de
30 de abril.
Nyusi justificou a medida com a necessidade
de "proteger a vida de todos e cada um de nós".
O estado de emergência é declarado após o
país ter atingido o nível 3 de alerta, com o registo de oito casos de
infeções pelo novo coronavírus, seis importados e dois por
transmissão local, segundo as autoridades de saúde. Como forma de prevenção, o
Executivo já tinha ordenado o fecho das escolas e suspendido a emissão de
vistos, obrigando ainda os viajantes a ficarem de quarentena e desaconselhando
aglomerações de pessoas.
Mas o Presidente moçambicano disse esta
segunda-feira durante um discurso à Nação que é preciso reforçar as medidas
contra a Covid-19 por causa da alta taxa de mortalidade da doença e para
impedir o afundamento da economia.
Eventos públicos e privados, "exceto
questões inadiáveis do Estado", ficam proibidos, e estabelecimentos de
diversão terão de fechar as portas. Nyusi decretou ainda limitações à
"circulação interna de pessoas em qualquer parte do território
nacional" e às entradas no país, exceto pra o transporte de bens e
mercadorias por operadores credenciados ou por questões de saúde.
O chefe de Estado pediu aos cidadãos para
redobrarem a observância das regras de higiene individual e coletiva,
mantendo-se "calmos, serenos e vigilantes contra quaisquer sinais de
perturbação" da ordem pública e denunciando violações às regras de
prevenção, casos de especulação de preços ou a disseminação de informações
falsas.
Segundo Nyusi, o decreto que declara o
estado de emergência já foi submetido ao Parlamento para efeitos de ratificação
num prazo de 48 horas. O Executivo terá ainda de anunciar as medidas
específicas a serem implementadas.
0 comments:
Enviar um comentário