Os Secretários Gerais dos Parlamentos dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) visitaram o museu aberto de Nwadjahane, na província de Gaza, Sul de Moçambique, terra onde nasceu Eduardo Mondlane, o arquitecto da unidade nacional.“Estamos profundamente impressionados por estarmos num local que faz parte da história de Moçambique e do mundo democrático”, afirmou Adelina Carvalho, Secretária-geral do parlamento português, falando a jornalistas, em Nwadjahane, no final da visita aquele monumento concebido e projectado pela Faculdade de Arquitectura e Planeamento Físico da Universidade Eduardo Mondlane.O Museu de Nwadjahane possui vários elementos culturais que ligam o espaço a vida de Eduardo Mondlane, entre os quais destacam-se o cemitério da família Mondlane, a palhota em que o obreiro da unidade nacional viveu na sua infância, a casa que ele mandou construir em 1961, quando já era funcionário das Nações Unidas. Os ilustres visitantes escalaram ainda a lagoa de Nyaourongole que dista cerca de 1,5 quilómetros, e que também marcou a vida de Mondlane.O Secretário-geral do Parlamento moçambicano, Batista Machaieie, disse que a visita aquele local histórico superou as expectativas pois, praticamente, os visitantes não conheciam a real história de Mondlane, senão o que liam em algumas obras.“Vejam só que a delegação até se comprometeu a incentivar mais visitas a este local histórico”, frisou Machaieie.A maioria das famílias de Nwadjahane é camponesa.Aliás, esta visita inspirou a delegação angolana, por exemplo, para construir um museu salvaguardando a vida e obra de Agostinho Neto, o herói da independência daquele país que também é membro da CPLP. A filha mais nova de Eduardo Mondlane, a deputada Nheleti Mondlane, considerou de impressionante a forma como Nwadjahane está a desenvolver, frisando que mais do que nunca os feitos de seu pai estão a ser cada vez mais valorizados e o interesse pelo local está a aumentar.O museu de Nwadjahane, cuja sua organização ainda está em curso, visa documentar os momentos da vida de Mondlane e elementos da cultura e história desta família.A delegação parlamentar da CPLP visitou ainda o local onde funcionou a terceira sede do imperador Ngungunhana, em Mandlakazi, concretamente a árvore onde este herói da resistência contra a dominação colonial portuguesa fazia as suas conferências, distribuía tarefas aos seus comandantes e resolvia os demais problemas.A referida árvore é secular e rodeada de vários mitos. Contrariamente a Mondlane, que viveu entre os anos 1920 e 1969, Ngungunhana nasceu em 1845 e faleceu em 1906.(Fotos: Obreiro da Unidade Nacional, Viúva e filhos no funeral na Tanzânia e Eduardo Mondlane Jr.)
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