terça-feira, setembro 28, 2010

BP desmantela pipeline em Nacala

O Governo de Nampula, na província nortenha que ostenta o mesmo nome, acusa a companhia “British Petroleum” (BP) de atentar contra a economia da província, pelo facto de estar a proibir os seus revendedores de adquirir combustíveis na concorrente “Petromoc”, em particular a gasolina.O director provincial dos Recursos Minerais e Energia em Nampula, Moisés Paulino, citado pelo “Notícias”, consubstancia as acusações do Executivo local baseando-se no anúncio por parte da Direcção Nacional de Combustíveis para que os revendedores com contrato de abastecimento com a BP recorreram à Petromoc, no sentido de fazer as suas compras sobretudo de gasolina, que escasseia nos postos de abastecimento de combustíveis nos centros urbanos e que está a limitar os agentes económicos de desenvolverem
normalmente as suas actividades. A BP proíbe os seus revendedores de comprar combustíveis na Petromoc para abastecer os seus postos de venda, alegando razões contratuais. A denúncia foi feita por alguns revendedores.Os revendedores vão longe ainda ao firmar que a direcção da BP não autoriza que estes falem à Imprensa sobre a falta de gasolina naquele ponto do país, entretanto não explica as razões que estão por detrás do incumprimento do seu dever de garantir o abastecimento de combustíveis nos postos de venda.Esta situação, acrescentam os revendedores, “está a causar-nos prejuízos consideráveis porque temos obrigações com o fisco, salariais e encargos para garantir o normal funcionamento do posto de venda, como são os casos do consumo de energia eléctrica e água, entre outros, e não fazemos receita há 20 dias para garantir a nossa sobrevivência”.Refira-se que a zona norte de Moçambique está a ressentir-se de algumas restrições no fornecimento de combustíveis, sobretudo a gasolina, devido a paralisação das operações por parte da multinacional do ramo petrolífero BP.Na ocasião, Paulino manifestou o seu cepticismo sobre a possibilidade de a BP vir a retomar as suas actividades num futuro próximo, pois apenas, recentemente, iniciou o processo de desmantelamento do seu pipeline que garante o transporte de combustíveis do cais oceânico para os depósitos da cidade portuária de Nacala para reparação.A escassez de combustíveis em Nampula coincide com a conferência de lançamento do plano estratégico de desenvolvimento da província para 2010/2020, que mobiliza meios circulantes para o transporte das delegações.(Fonte AIM)

2 comments:

Unknown disse...

Qual é a fonte desta informação?

Muliquela disse...

Por lapso não foi citada a fonte: AIM, Agência de Informação de Moçambique.
AIM story from Pol­ítica e Ministérios on 2010-09-30
0910PEX – GOVERNO DE NAMPULA ACUSA “BP” DE ATENTAR CONTRA ECONOMIA
0910PEX – GOVERNO DE NAMPULA ACUSA “BP” DE ATENTAR CONTRA ECONOMIA

Maputo, 27 Set (AIM) – O Governo de Nampula, na província nortenha que ostenta o mesmo nome, acusa a companhia “British Petroleum” (BP) de atentar contra a economia da província, pelo facto de estar a proibir os seus revendedores de adquirir combustíveis na concorrente “Petromoc”, em particular a gasolina.

O director provincial dos Recursos Minerais e Energia em Nampula, Moisés Paulino, citado pelo “Notícias”, consubstancia as acusações do Executivo local baseando-se no anúncio por parte da Direcção Nacional de Combustíveis para que os revendedores com contrato de abastecimento com a BP recorreram à Petromoc, no sentido de fazer as suas compras sobretudo de gasolina, que escasseia nos postos de abastecimento de combustíveis nos centros urbanos e que está a limitar os agentes económicos de desenvolverem normalmente as suas actividades.

A BP proíbe os seus revendedores de comprar combustíveis na Petromoc para abastecer os seus postos de venda, alegando razões contratuais. A denúncia foi feita na passada quinta-feira por alguns revendedores.

Os revendedores vão longe ainda ao firmar que a direcção da BP não autoriza que estes falem à Imprensa sobre a falta de gasolina naquele ponto do país, entretanto não explica as razões que estão por detrás do incumprimento do seu dever de garantir o abastecimento de combustíveis nos postos de venda.

Esta situação, acrescentam os revendedores, “está a causar-nos prejuízos consideráveis porque temos obrigações com o fisco, salariais e encargos para garantir o normal funcionamento do posto de venda, como são os casos do consumo de energia eléctrica e água, entre outros, e não fazemos receita há 20 dias para garantir a nossa sobrevivência”.

Refira-se que a zona norte de Moçambique está a ressentir-se de algumas restrições no fornecimento de combustíveis, sobretudo a gasolina, desde 6 de Setembro corrente, devido a paralisação das operações por parte da multinacional do ramo petrolífero BP.

Na ocasião, Paulino manifestou o seu cepticismo sobre a possibilidade de a BP vir a retomar as suas actividades num futuro próximo, pois apenas, recentemente, iniciou o processo de desmantelamento do seu pipeline que garante o transporte de combustíveis do cais oceânico para os depósitos da cidade portuária de Nacala para reparação.

A escassez de combustíveis em Nampula coincide com a conferência de lançamento do plano estratégico de desenvolvimento da província para 2010/2020, que mobiliza meios circulantes para o transporte das delegações.
(AIM)
AP/SG

(AIM)