quarta-feira, setembro 01, 2010

10 mortos

Quatro mortos, 27 feridos, entre os quais dois agentes da Polícia da Republica de Moçambique (PRM) e 142 cidadãos detidos e’ o balanço preliminar da onda de protestos ocorridos ao longo de dia de hoje na cidade de Maputo e da Matola. Estes são os dados que foram apresentados no fim da tarde de hoje pelo o porta-voz da PRM, Pedro Cossa, falando em conferência de imprensa, em Maputo. Na ocasião, Cossa fez questão de frisar que estes são dados preliminares e que poderão sofrer alteração ao longo desta noite e do dia de quinta-feira. De facto, a AIM apurou de fontes credíveis a ocorrência de pelo menos 10 mortos e de várias dezenas de feridos. Cossa lamenta a mortes registadas durante os distúrbios que, segundo ele, ocorreram em circunstância ainda por esclarecer. Ele fez questão de referir que os agentes da manutenção da lei e ordem viram-se forçadas a usar em alguns casos o uso de gás lacrimogéneo e balas de borracha para conter os ânimos. Outros danos causados durante os distúrbios incluem três autocarros da empresa de Transportes Públicos de Maputo (TPM) que foram parcialmente queimados, 32 estabelecimentos comerciais vandalizados, mais de cinco viaturas queimadas ou vandalizadas, um posto de abastecimento de combustível queimado, quatro postes de energia derrubados ao longo da Estrada Nacional número quatro (EN4), que liga a cidade de Maputo a cidade sul africana de Witbank, saque de três vagões carregados de milho na zona da Matola-Gare, na província de Maputo. Por isso, o porta-voz da PRM, mais uma vez exortou os a todos os cidadãos para se manterem calmos e se absterem de aderir aos casos de incitamento a violência, respeitar os bens de terceiros e observar a ordem e segurança pública. “A polícia vai continuar a patrulhar todas as ruas da cidade capital, as ruas da cidade da Matola. Na verdade, a polícia também esta a patrulhar tudo o que e’ território da Republica de Moçambique”, asseverou Cossa. A semelhança do dia anterior, Cossa explicou que esta foi uma manifestação não autorizada, pelo facto de não ter sido requerida em nenhum município. Questionado sobre as condições de segurança para a quinta-feira, Cossa limitou-se a dizer que a PRM vai continuar a trabalhar“Se as pessoas se comportarem como se comportaram hoje e’ evidente que a polícia não vai permanecer nas esquadras. A polícia irá para a rua para estabelecer a ordem e segurança pública”, rematou. Num outro desenvolvimento, o Presidente da República esteve ao final da tarde reunido no Comité Central do seu partido para analisar a instabilidade gerada nas ruas da capital , tendo mais tarde falado pela televisão e rádio ao país. Armando Guebuza lamentou as mortes e pediu que os mais esclarecidos ajudassem os ingênuos a perceber as dificuldades de Moçambique e que o combate a pobreza prossegue.

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