O recado da sociedade é inequívoco:
em busca do novo, tentando enterrar a política do compadrio, da corrupção e da
mentira disseminada pelo lulopetismo, o BRASIL elegeu como presidente Jair
Bolsonaro, antagonista que o próprio Lula gerou.
Foi durante um pesadelo que a
escritora inglesa Mary Shelley buscou a inspiração para, aos 19 anos, escrever
a obra prima da literatura de horror. No livro, o médico Viktor Frankenstein
ousa brincar de Deus recriando a vida a partir de uma criatura que constroi a
partir de partes de corpos humanos. Logo, porém, o médico percebe que o ser que
julgava ter criado era na verdade uma criatura que, logo no primeiro momento
após a vida, se voltaria contra seu criador. Há um parentesco óbvio entre a
obra de Mary Shelley e o desenlace da disputa presidencial.
Em boa parte, foi o
PT quem engrossou o caldo de cultura responsável pela eleição de Jair
Bolsonaro, candidato do PSL. O ex-presidente Lula, que já se comparou a Jesus
Cristo, fez de tudo para transformar o pleito numa eleição polarizada. Acabou
gerando sua própria antítese, que se revelou nas urnas um líder de massas, como
ele. Inicialmente, Lula imaginava que o eleitorado brasileiro iria ungí-lo
novamente. Sabendo que não poderia ser candidato, com base na Lei da Ficha
Limpa, sancionada por ele mesmo quando presidente, considerou que conseguiria
transferir sua popularidade para um preposto, como fez com Dilma Rousseff em
2010 e Haddad em 2018. Posaria de vítima, reafirmando que sua prisão era política. Ao final,
apostava que essa narrativa seria consagrada nas urnas. Era a eleição
plebiscitária com que sonhava. Ao contrário da Justiça, que o condenava, as
urnas, acreditava, o absolveria. De roldão, viriam juntos absolvidos todos os
demais petistas condenados e denunciados.
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