A Frelimo, o partido vencedor das eleições gerais realizadas a 15
do mês corrente, em Moçambique, afirma que a vitória conquistada representa um
marco importante para o país e renova a aliança histórica firmada em 1962, ano
da sua fundação.O facto foi revelado em Maputo, pelo Porta-voz da Frelimo, Damião
José, momentos depois do anúncio, pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), do
apuramento geral das eleições presidenciais, legislativas e para as assembleias
provinciais.A fonte, que falava para a imprensa, sublinhou que a aliança de 25
de Junho de 1962 alicerça a certeza de que o país vai tornar-se “numa nação
grandiosa que sempre aspiramos”.O porta - voz disse que o compromisso da
Frelimo, vencedora das legislativas, e Filipe Nyusi, das presidenciais, é
“continuar a consolidar a unidade nacional, preservar a paz, fortalecer a auto
- estima, e lutar contra o flagelo da pobreza”.Continuando, o porta-voz aclamou
aos candidatos presidenciais, Afonso Dhlakama e Daviz Simango, da Renamo e do
Movimento Democrático de Moçambique, respectivamente, pelo “seu valioso
contributo na divulgação de mensagem de paz e ordem públicas”.
O apuramento geral e final dos resultados eleitorais pela Comissão
Nacional de Eleições (CNE), refere que Nyusi obteve 2.778.497 votos,
correspondentes a 57,07 por cento, contra 1.783.382 votos (36,61 por cento)
obtidos pelo candidato presidencial da Renamo, o maior partido de oposição no
país.O candidato do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Daviz Simango, a
segunda maior força de oposição, ficou em último lugar, com apenas 309.925
votos, equivalentes a 6,36 por cento. Continuando, o porta-voz da FRELIMO aclamou aos candidatos
presidenciais, Afonso Dhlakama e Daviz Simango, da Renamo e do Movimento Democrático
de Moçambique, respectivamente, pelo “seu valioso contributo na divulgação de
mensagem de paz e ordem públicas”.Para estas eleições, o país inscreveu 10.964.978 potenciais
eleitores, tendo votado para as presidenciais 5.333.665 eleitores (48,64 por
cento). Abstiveram-se 5.631.313 cidadãos (51,36 por cento) num processo que
também registou 213.310 votos nulos. Já para as legislativas, a Frelimo
amealhou um total de 2.575.995 votos (55,97 por cento), contra 1.495.137 votos
(32,49 por cento) da Renamo.O MDM mereceu 384.535 votos (8,36 por cento).Do universo dos
potenciais eleitores inscritos, votaram para as legislativas 5.316.936 cidadãos
(48,49 por cento) e se abstiveram 5.648.042 cidadãos (51,51 por cento). Um todo
de 349.875 votos foi anulado.Assim, com estes resultados, a divisão dos
mandatos para a Assembleia da República, o parlamento moçambicano, fica da
seguinte maneira: Frelimo (144 deputados), Renamo (89 deputados) e MDM (17
deputados).Para as assembleias provinciais, a Frelimo conseguiu um total de 485
assentos, contra 295 da Renamo e 31 do MDM.No actual parlamento, a Frelimo
conta com 192 deputados, Renamo (50) e MDM (oito).O Presidente da CNE, Abdul Carimo, reconheceu que nem todo o
processo foi positivo, reconhecendo que “houve situações de irregularidades de
natureza administrativa, ilícitos eleitorais e crimes de delito comum que foram
sendo denunciados pelos órgãos de comunicação social, alguns observadores e
outros intervenientes no processo”.
A assinatura da acta de deliberação dos resultados finais levou
uma discussão acessa na Sede da Comissão Nacional de Eleições que se arrastou das
11 horas de terça-feira (28) ás 4 horas da madrugada de quarta-feira(29).Sete dos oito vogais da CNE indicados pela oposição,um votou pela
deliberação dos resultados contrariando o desejo desta face as irregularidades
ocorridas no processo eleitoral.São
vogais pela oposição (Renamo,MDM) na
Comissão Nacional de Eleições, Meque Braz(Vice-presidente da CNE), Fernando
Mazanga, João Apolinário, Latino Ligonha, José Belmiro, Bernabé Nkomo e Xavier
Costa.O oitavo vogal é Salomão Moyana.
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