As eleições gerais em Moçambique realizadas ontem, 15,
podem vir a ser rejeitadas pela oposição que diz ter havido irregularidades
generalizadas no processo eleitoral. A Renamo e o MDM disseram à VOZ da América
que estão agora a estudar os seus próximos passos.António Muchanga, da Renamo,
denunciou “irregularidades generalizadas propositadas” em todo o país.“Muita
gente não votou por não constar dos cadernos, mas cujos nomes contavam nos
cadernos de réplica, houve a abertura tardia de votação quando muitas pessoas
já tinham abandonado os locais, houve demora na credenciação dos delegados de
lista dos partidos e os partidos não puderam estar em todas as mesas para
certificar o que estava a acontecer”, revela Muchanga, acrescentando que o seu
partido deverá ainda hoje emitir um comunicado oficial sobre a questão.Por
seu lado, Lutero Simango, porta-voz do MDM, afirmou que o seu partido não
está satisfeito com o processo que se inciou “muito mal sem a presença dos
fiscais dos partidos politicos da oposição”.Simango adiantou que os seus
representantes foram excluídos devido ao facto do Secretariado Técnico da Administração
Eleitoral “não ter dado credenciais aos fiscais a horas”.Como
consequência, diz que "nas primeiras horas da manhã não foi possível
testemunhar o processo e obviamente não sabemos o que aconteceu”, contou
Simango para quem isto foi “uma situação generalizada em todo o país”.O
porta-voz do MDM disse que o assunto está agora a ser analisado pelos “órgãos
competentes do partido” e “obviamente" haverá uma reacção.
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