Um avião da companhia
estatal da Etiópia foi forçado a aterrar no aeroporto de Genebra. As primeiras
informações apontavam para um sequestro por piratas do ar, mas a polícia suíça
anunciou mais tarde que o co-piloto entregou-se às autoridades e pediu asilo
político. O co-piloto, de 31 anos de idade, disse que se fechou na cabina
quando o comandante saiu para ir à casa de banho. Depois de ter assumido o
controlo do avião, comunicou com a torre de controlo e disse que se sentia
"ameaçado" no seu país de origem, avançou o porta-voz da polícia
local, Eric Grandjean. A alteração da rota do voo foi comunicada
pelo próprio co-piloto e o avião foi escoltado por dois caças Eurofighter. A
agência AFP diz que os aviões militares eram "provavelmente" da Força
Aérea italiana, mas o porta-voz do aeroporto de Genebra, Bertrand Stämpfli,
disse não ter certezas sobre essa informação. Apesar de se ter
rendido às autoridades e de não ter qualquer intenção de pôr em perigo a vida
de passageiros e tripulação, "tecnicamente, a infracção que ele
cometeu é uma tomada de reféns, a que corresponde uma pena máxima de 20 anos de
prisão", disse o procurador de Genebra, Olivier Jornot. Num breve
comunicado publicado no site oficial, a Ethiopian
Airlines refere que o voo ET-702 – que deveria fazer a ligação Addis
Abeba-Roma – "foi forçado a seguir para o aeroporto de Genebra"
e que "todos os passageiros e tripulação estão a salvo". O avião, um Boeing 767-300, saiu da capital da
Etiópia às 0h30 (23h30 de domingo em Moçambique) e aterrou por volta das 6h (7h em Moçambique)
em Genebra. Os passageiros e a tripulação saíram do aparelho cerca de duas
horas mais tarde. O avião transportava duas
centenas de pessoas e terá sido desviado da sua rota quando sobrevoava o Sudão,
de acordo com o site do
jornal diário Tribune de Genéve.
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