As
delegações do Governo e da Renamo, acabam de entrar a momentos para 35ª ronda
de negociações, e pela primeira vez, oficialmente, com a participação dos cinco
observadores nacionais acordados entre as partes. Estão neste momento reunidos com as duas delegações, o bispo da Diocese
Anglicana dos Libombos, Dom Dinis Sengulane, o reitor da Universidade A
Politécnica, Prof. Lourenço do Rosário, o ex-reitor da Universidades Eduardo
Mondlane, o padre Filipe Couto, o pastor Anastácio Chembeze e o sheik da
Comunidade Muçulmana, Saíde Abibo. De fora, mas que segundo fontes poderá ser
chamado para questões legais, está o constitucionalista Gilles Cistac. Alice
Mabota, presidente da Liga dos Direitos Humanos está também de fora, mas
sabe-se que o Governo da Frelimo, simplesmente rejeitou a sua a proposta da sua
participação. Em declarações à entrada da sala de sessão, tanto os chefes das
delegações do Governo e da Renamo, o ministro da Agricultura José Pacheco e o
deputado Saimone Macuiana, bem como os observadores Dom Dinis Sengulane, o
Prof. Lourenço do Rosário e o Padre Couto, mostraram-se optimistas em obter
resultados satisfatórios nesta ronda e nas próximas. Enquanto isso as Forças
Armadas de Defesa de Moçambique continuam a fustigar a serra da Gorongosa
(antigo base de Afonso Dlhakama), na província de Sofala, com artilharia
pesada, numa zona onde vivem civis que estão a fugir em debandada. Aliás os
civis são acusados pelos militares de cooperar com os homens da Renamo. A
população vem convivendo há mais de 20 anos com os guerrilheiros da Renamo, sem
incidentes.
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