Dos três pré-candidatos, Filipe Nyussi era tido
como dos mais fracos, mas terá sido o que mais impressionou nas campanhas eleitorais
que os três fizeram pelas provinciais. Nyussi é visto como uma das poucas
figuras limpas na governação de Armando Guebuza, mas é associado a ala
belicista que defende a aniquilação da Renamo pela força das armas, o que pode
jogar a seu desfavor. Nyussi foi visto como “o rebuçado” de Guebuza para
Chipande, o seu mais acérrimo opositor na CP. Quadro dos Caminhos-de-Ferro de
Moçambique (CFM), onde foi administrador executivo entre 2007-08, antes de ser chamado
para o Governo, Filipe Nyussi, Ministro da Defesa, embora não faça parte da
Comissão Política(CP), é outro nome que sempre esteve nos prognósticos e
conjecturas dos analistas políticos, tendo, inclusive, disputado o lugar de
Primeiro-Ministro com Alberto Vaquina. Na sua candidatura, tem o apoiomda etnia
que constituiu o elo mais forte entre os guerrilheiros da Frelimo na luta
contra o colonialismo português: a etnia maconde, da qual emergem destacadas figuras
como Alberto Chipande, Raimundo e Marina Pachinuapa, e ainda o antigo Chefe do
Estado Maior das Forças Armadas, general Lagos Lidimo.
Consta que em caso de
não surgir um outro candidato, Joaquim Chissano terá manifestado em meios
reservados o seu apoio a Filipe Nyussi. A esposa de Chissano é da etnia de
Nyussi, o que pode ter sido determinante para este apoio de peso. A sua origem
étnica maconde incentiva apoios provenientes de veteranos da Frelimo. Os seus progenitores
aderiram de longa data à Frelimo. Nyussi, que nasceu a 9 de Fevereiro de 1959,
em Namua, distrito de Mueda, Cabo Delgado, é engenheiro-mecânico formado pela Academia
Militar-VAAZ, na República Checa, tendo-lhe sido conferido o título de mestre
em Engenharia em 1990. Obteve em 1999 em Inglaterra a pós-graduação em gestão
pela Universidade de Victoria, em Manchester.
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