Naturalmente, após vários ataques a alvos militares e civis da
parte da Renamo, o exército tinha de reagir e tomar Santundira. Para mim e para
a maioria de mocambicanos esta decisao do exército peca por ser tardia.Não
entendo o estradalhaço da notícia e do seu efeito surpresa da parte de alguns
sectores hipócritas, que a bem pouco silenciavam e diziam das boas contra a
inoperância da FADM. O único acordo das FADM é com a democracia, democracia
essa que a Renamo sistematicamente foi pondo em causa com o seu comportamento
sempre recorrente e irreponsável de desafio.Claro que não foi uma vitória
militar e nem disso se tratava, por se entender vitória, o vergar a adversidade
e retirá-lo do campo de acção. O escolho continua. Mas foi o assumir das
responsabilidadee de quem de direito perante actos de vandalismo e terrorismo,
perpetrados por um grupo que se dizia político e democrático. O nosso estado de
direito deve ser garantido e protegido, senão não passamos de república de
bananas, assim como se especula quando se trata de raptos criminais,
actualmente usuais em Moçambique, onde são usados reféns. Passadas 48 horas
após a tomada de Santundjira pelas FADM, alguma media intriguista como o País,
diz que o movimento de Dlhakama reagiu e atacou uma outra esquadra da polícia
na zona de Maringue. E incrível como este jornal dá destaque, como os jornais
portuguses, às declarações do líder da Renamo e dos seus ajudantes.Diz o
porta-voz da Renamo que os seus homens em debandada terão agido sem o aval do
chefe. E antes do assalto a Santundjira quem era o mandante dos crimes e
assassinatos praticados pela Renamo? O chefe. Tenhamos bom senso. Esse é o
paradigma da Renamo.Terrorismo como chatagem política. Mudá-lo esse deve ser o
desafio das nossas forças de defesa e segurança. O estado deve estar em
condições de usar o seu peso da lei e ordem para ser respeitado e fazer-se
respeitar. O porta-voz da Renamo, um fulano sempre com cara de ódio, que tanto
se gaba dos feitos militares do movimento a que pertence, parecia mentalmente
perturbado ao ler a notícia da tomada de Santundjira pela FADM.Este fulano de
nome Mazanga ao declarar que a Renamo se dissociava dos acordos de Roma era
também o reconhecimento do seu isolamento político. Efectivamente discordar é
não concordar com a composição dos órgãos eleitorais, nunca seria motivo
suficiente justificativo para levar uma direcção político partidária à
beira da loucura, recusando-se participar num pleito, ou querer sabotar todo o
processo democrático.Os motivos restam suspeitosos para além daqueles já
conhecidos, partilha de poder e os sempre apelativos recursos minerais e gás
natural e outros...
Mas que poder a ser partilhado, com um grupo sem eira nem beira e
sem expressão política numa democracia, se foi encarregando de esvaziar o seu
eleitorado?
Qual o moçambicano para além daquele que cultiva o ódio pelo
governo para se identificar com os princípios e filosofia de ódio? O
que motiva a Renamo nem trata de recusa em se conformar com as derrotas, mas o
facto de constatar da erosão do seu eleitorado a favor do MDM. Esta noção
de que tudo pode estar perdido pode levar a Renamo a querer, num acto de
desespero ser protagonista da desgraça de arma na mão.Qualquer indivíduo com
uma arma na mão pode causar um alarido muito grande em Moçambique antes de ser
preso ou abatido. Mas, atenção, a Renamo perdeu o seu santuário na África
Austral. Qalquer, membro da SADC recusaria dar o seu apoio a Renamo.Na Europa o
quadro seria diferente e na América do Norte uma questão de minutos ou horas. Trata-se
o fundo de uma questão de mentalidade de fazer política.Se se teme a Renamo
pela capacidade de recuar o país para esse passado de guerra, que a
Renamo adoptou como sua filosofia política de vida, também posso dizer que os
moçambicanos não podem viver órfãos do medo.Enquanto no DNA da
Renamo remanescer resíduos sanguíneos provenienete da sua criação
(serviços secretos da antiga Rodésia) e depois o regime do apartheid, tenho e
teremos sempre dúvidas sobre a verdadeira intenção política da
Renamo e do seu chefe Afonso Dhlakama em Moçambique. Vejamos que depois de 1994
e que pos fim ao AGP, sempre que nos pleitos eleitorais as coisas correram mal,
a Renamo sempre ameaçou a paz com ameaças de retorno à guerra. Um acordo
político de paz é produto sempre de duas partes reponsáveis e adultas e idóneas
em serviço de uma causa. Em 1992, enquanto o governo de Moçambique ia em busca
de uma solução definitiva, a democracia, salvaguardando o interesses da
estabilidade sócio política e económica dos mocambicanos, a Renamo do seu lado
agia como testa de ferro do racismo e colonialismo, apenas colocava uma
assinatura e aguadava ordens dos seus patrões. Sinceramete alguém com cabeça
tronco e membros é capaz de ajuizar que a Renamo alguma vez lutou pela
democracia?
Se a Renamo nas primeiras eleições democráticas não tacaou a
democracia foi por os patrões desta organização em 94 acharem que o plano
estava no plano certo, depois disso foi o descalabro, e todos sabem porque...
Potencias facilitadores como Lourenco do Rosário (Reitor da Universidade A POLITÉCNICA na fotografia acima ) são como
prostitutas à venda. Devem ser procurados e presos por acobertarem inimigos da
democracia. Nunca o governo de Moçambique iria sentar-se à mesa e discutir
negócios de estado moçambicano com uma agenda encomendada de traidores a
pátria. Basta verificar na folha quem financia a Universidade Politécnica e
LDH, para verificar quem está por detrás destas organizações.O governo de
Moçambique não pode nem deve buscar a paz e a segurança dos seus cidadãos
através daqueles que não respeitam a constituição da república e o parlamento.A
Renamo armada foi desalojada de Santundjira, mas convém aqui enaltercer que
deve ser desalojada de todo territorio nacional.Temos as FADM para nos proteger
de bandidos armados e apaniguados.Sempre disse que a democracia estaria mais do
que consolidada caso não tivéssemos como um dos actores a Renamo. Os moçambicanos
desejam paz. Não acredito num conflito localizado, nem mesmo que a paz esteja
ameaçada. A Renamo deve ser desarmada a bem ou a mal. (Jornal Domingo ,3/11/2013, sem assinatura do autor e só com a fotografia do autor colocada no lado direito)
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