Mais de dois mil estrangeiros trabalharam ao longo dos últimos
dez meses nos diversos projectos de investimentos em execução na província
setentrional de Nampula, em detrimento dos moçambicanos, cenário que segundo a
governadora da província, Cidália Chauque, só será invertido com a efectivação
do processo de transferência tecnológica dos estrangeiros para os nacionais.Segundo
dados da Direcção Provincial do Trabalho, a contratação dos estrangeiros ao
longo do período em referência foi feita na base da legislação em vigor no
país, concretamente por quota (767), em projectos de investimentos (594) e
trabalho de curta duração (744).Se se tomar em conta que o número de cidadãos
nacionais empregados ao longo dos dez meses foi de 19365 pessoas, a cifra de
mão-de-obra estrangeira que trabalhou naquela unidade territorial, no espaço em
análise, representa cerca de 10 por cento do total da massa empregada. Para a governadora da província, que esteve de visita à
Direcção do Trabalho de Nampula, este cenário só será invertido com a efectivação
do processo de transferência de tecnologia em curso nos diversos projectos em
execução, de estrangeiros para os nacionais.“Temos casos dos projectos das
areias pesadas de Moma e Sangage, estas unidades funcionam com uma tecnologia
que não é do domínio dos nacionais, mas nós estamos a fazer tudo o que está ao
nosso alcance para que os moçambicanos, paulatinamente, substituam os
estrangeiros que operam com estas tecnologias”- explicou Chauque.A governante,
que percorreu diversos sectores que compõe aquela direcção (desde
administrativos aos técnicos profissionais), disse ter ficado positivamente
impressionado pelo tipo de cursos de formação ali ministrados.Trata-se de
cursos de electricidade, construção, costura, serralharia que, segundo Chauque,
cujos finalistas são facilmente absorvidos pelo mercado de emprego.
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