Um boeing 737
que assegura ligações internas na Rússia despenhou-se neste domingo quando
tentava aterrar no aeroporto de Kazan (a cerca de 800 quilómetros a leste de
Moscovo). As 50 pessoas que iam a bordo do aparelho morreram, de acordo com a
porta-voz do ministério russo responsável por situações de emergência, Irina
Rossious. Segundo as agências internacionais, o avião partiu do aeroporto
internacional de Domodedovo, um dos principais aeroportos de Moscovo, e
despenhou-se em Kazan ao final da tarde, cerca das 19h25 locais (15h25 em
Portugal continental), quando tentava, pelo menos, uma segunda aterragem. De
acordo com a Reuters, o avião — com 23 anos — pertencia à companhia aérea
regional Tatarstan Airlines e incendiou-se quando tentava aterrar ao fim de uma
hora de voo. “Segundo as informações preliminares, morreram todas as pessoas
que iam a bordo do avião — 44 passageiros e seis membros da tripulação”,
adiantou Irina Rossious. Ainda não são conhecidas as causas do acidente, que
obrigou ao encerramento do aeroporto. Para o local foram mobilizadas as autoridades
que vão investigar o caso no quadro de uma investigação aberta por suspeitas de
“violação das regras de segurança aérea”. Segundo a AFP, que cita informações
da polícia reportadas pela agência noticiosa russa Itar-Tass, as autoridades
investigam se ocorreu uma falha técnica, um erro de pilotagem e se o acidente
decorre de “condições meteorológicas desfavoráveis”. Os relatos recolhidos pela
Reuters dão conta da ocorrência de ventos fortes e de nevoeiro junto ao
aeroporto, referindo que o avião terá perdido altitude rapidamente. A queda do
aparelho da Tatarstan Airlines é um dos acidentes aéreos com maior número de
vítimas na Rússia em cerca de 20 anos. O Presidente russo, Vladimir Putin, que
se referiu ao acidente deste domingo como uma “catástrofe horrível”, enviou as
condolências aos familiares das vítimas e mandou abrir a investigação para
perceber as circunstâncias em que aconteceu o acidente, segundo fez saber o
porta-voz Dmitri Peskov. A Rússia tem assistido ao longo dos últimos 20 anos a
dezenas de acidentes aéreos de transportadoras regionais. O caso anterior
aconteceu ainda no ano passado, quando a 2 de Abril um ATR-72 da companhia
Utair com 43 pessoas a bordo caiu pouco depois de descolar do aeroporto de
Tiumen, na zona ocidental da Sibéria, fazendo 33 mortos. Perante a
multiplicação de acidentes (nas contas da AFP somam-se 13 casos desde Janeiro
de 1994), as autoridades já tinham decidido o desmantelamento dos aparelhos de
concepção soviética mais antigos e a fiscalização de várias companhias aéreas.
Os primeiros
indícios apontam para uma falha técnica como a causa mais provável do acidente
no qual morreram 50 pessoas na queda de um avião Boeing 737-500 no aeroporto da
cidade russa de Kazan, capital da república da Tartária, no domingo.O piloto do
aparelho, Rustem Salijov, decidiu abortar a primeira tentativa de aterrissagem
e fazer uma segunda, após o que informou à torre de controle do aeroporto que o
avião não estava pronto para chegar.O Comitê de Instrução (CI) russo, que abriu
uma investigação sobre o acidente, disse que as causas que levaram o piloto a
desistir da primeira tentativa de aterrissagem e dar uma segunda volta são
desconhecidas.O chefe
regional para Transporte do CI, Aleksandr Poltinin, disse que a investigação
trabalha com "duas versões principais: uma falha de pilotagem e fatores
técnicos".As companhias
aéreas Tartária, que exploravam o aparelho acidentado em regime de aluguel da
búlgara Bulgarian Aviation Group, asseguraram que o avião estava em boas
condições técnicas, e que tinha sido revisado várias vezes no dia do acidente,
no qual já tinha realizado outros três voos. O Boeing acidentado, o menor da
série 737, entrou em serviço em 1990 e a Tartária, que o explorava em conceito
de arrendamento desde 2008, era a sétima companhia que o utilizava.Uma
jornalista que tinha viajado horas antes do acidente no mesmo avião de Kazan a
Moscou disse à televisão russa que os passageiros se assustaram muito devido às
fortes vibrações do avião durante a manobra de aterrissagem na capital russa.
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