O Ministério da Saúde (MISAU) assume que o encargo das doenças
orais permanece elevado e o tradicional modelo exclusivo centrado nos cuidados
curativos de saúde representa uma abordagem incorreta e com um alto impacto nos
cuidados de saúde. O reconhecimento foi assumido pela vice-Ministra da Saúde, Nazira Abdula, na
abertura hoje da 6/a Reunião Nacional de Saúde Oral, que congrega, em Maputo,
quadros idos de diversos pontos do país para, entre vários assuntos, discutir
como melhorar a qualidade de serviços.No encontro de dois dias, sob o lema
“Boca Saudável, Vida Saudável, sem Álcool e sem Tabaco”, Abdula sublinhou que a
saúde oral é um direito humano básico e fundamental para uma boa qualidade de
vida da população.Ciente da essência deste direito, o MISAU, segundo a fonte,
tem estado a aumentar os serviços de estomatologia para reduzir ainda mais as
desigualdades no acesso aos cuidados de saúde oral a população.Para o efeito,
ela apontou, a título de exemplo, que todos os hospitais centrais, gerais e provinciais,
e em alguns hospitais distritais e centros de saúde, existe um médico dentista.“Temos
cerca de 238 serviços de estomatologia com 389 profissionais de saúde oral e
com uma cobertura distrital de 98 por cento”, disse Abdula, anotando que os indicadores
mostram um grande avanço no quadro dos esforços do MISAU. As doenças orais
constituem, pela sua elevada prevalência, um dos principais problemas de saúde
da população infantil e juvenil. No entanto, segundo a ministra, se prevenidas
adequada e precocemente, a cárie e as doenças periodontais são de uma elevada
vulnerabilidade, com custos económicos reduzidos e ganhos em saúde relevantes. A
doença oral é a quarta mais dispendiosa de tratar e a cárie dentária, que é a
maior causa de procura, afecta 90 por cento da população do mundo e permanece
como uma das doenças crónicas mais comuns e, por outro lado, o cancro oral é o
oitavo mais comum. As orientações do MISAU assentam em estratégias como a
promoção da saúde oral no contexto familiar e escolar; prevenção das mesmas
doenças; diagnostico e tratamento precoce e tratamento dentário. Desta
feita, o desafio do pelouro é melhorar os conhecimentos e comportamentos sobre
a alimentação e higiene oral; diminuir a incidência e a prevalência da cárie
dentária; aumentar a percentagem de crianças livres desta doença, entre outras
acções.
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