segunda-feira, novembro 04, 2013

Doença oral a 4ª mais cara

O Ministério da Saúde (MISAU) assume que o encargo das doenças orais permanece elevado e o tradicional modelo exclusivo centrado nos cuidados curativos de saúde representa uma abordagem incorreta e com um alto impacto nos cuidados de saúde. O reconhecimento foi assumido pela vice-Ministra da Saúde, Nazira Abdula, na abertura hoje da 6/a Reunião Nacional de Saúde Oral, que congrega, em Maputo, quadros idos de diversos pontos do país para, entre vários assuntos, discutir como melhorar a qualidade de serviços.No encontro de dois dias, sob o lema “Boca Saudável, Vida Saudável, sem Álcool e sem Tabaco”, Abdula sublinhou que a saúde oral é um direito humano básico e fundamental para uma boa qualidade de vida da população.Ciente da essência deste direito, o MISAU, segundo a fonte, tem estado a aumentar os serviços de estomatologia para reduzir ainda mais as desigualdades no acesso aos cuidados de saúde oral a população.Para o efeito, ela apontou, a título de exemplo, que todos os hospitais centrais, gerais e provinciais, e em alguns hospitais distritais e centros de saúde, existe um médico dentista.“Temos cerca de 238 serviços de estomatologia com 389 profissionais de saúde oral e com uma cobertura distrital de 98 por cento”, disse Abdula, anotando que os indicadores mostram um grande avanço no quadro dos esforços do MISAU. As doenças orais constituem, pela sua elevada prevalência, um dos principais problemas de saúde da população infantil e juvenil. No entanto, segundo a ministra, se prevenidas adequada e precocemente, a cárie e as doenças periodontais são de uma elevada vulnerabilidade, com custos económicos reduzidos e ganhos em saúde relevantes. A doença oral é a quarta mais dispendiosa de tratar e a cárie dentária, que é a maior causa de procura, afecta 90 por cento da população do mundo e permanece como uma das doenças crónicas mais comuns e, por outro lado, o cancro oral é o oitavo mais comum. As orientações do MISAU assentam em estratégias como a promoção da saúde oral no contexto familiar e escolar; prevenção das mesmas doenças; diagnostico e tratamento precoce e tratamento dentário.  Desta feita, o desafio do pelouro é melhorar os conhecimentos e comportamentos sobre a alimentação e higiene oral; diminuir a incidência e a prevalência da cárie dentária; aumentar a percentagem de crianças livres desta doença, entre outras acções.

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