quarta-feira, maio 29, 2013

O fim do rinoceronte?

A África do Sul quer reerguer o trecho de uma cerca na fronteira com Moçambique para evitar que os caçadores de rinocerontes atravessem para o Parque Nacional Kruger, no seu território. "Há a necessidade de erguer esta cerca", afirmou a ministra do Meio Ambiente Edna Molewa, acrescentando que a autoridade dos parques do país compartilhou a sua análise da situação. Os caçadores estão a usar um corredor sem cerca de 40 km - removido para criar um parque transfronteiriço - para entrar sorrateiramente no Parque Kruger e matar rinocerontes para extrair os seus chifres, que depois são vendidos no mercado negro asiático. Uma nova cerca será electrificada e equipada com um sistema de detecção para evitar tentativas de romper a fronteira."Será electrificada e ligada a alguma tecnologia porque queremos evitar que as pessoas invadam", disse à AFP Fundisile Mketeni, vice-director-geral de biodiversidade e preservação da África do Sul. Esta iniciativa é considerada uma medida temporária, afirmou. Apesar da intensificação das medidas de segurança, que incluem o uso da tecnologia de aviões não-tripulados, o Parque Kruger perdeu 242 rinocerontes só este ano de um total de 350 mortos no país. O trecho da cerca foi baixado para permitir que os animais se movimentem livremente no Parque Transfronteiriço do Grande Limpopo. Segundo o ministro, debates políticos são mantidos entre Moçambique e África do Sul sobre a cerca, mas têm sofrido atrasos. O tratado para estabelecer um parque internacional foi assinado em 2002 pelos presidentes de África do Sul, Moçambique e Zimbabwe.

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