O Presidente da
República voltou a lançar farpas contra os críticos de sua governação no país,
considerando-os ignorantes. Falando num encontro com um grupo de 23 dos 220
estudantes moçambicanos residentes em Shangai, China, Guebuza disse que um dos
grandes problemas que retardam a luta contra a pobreza em Moçambique é o facto
de o país ainda não dispor de muitas pessoas com formação escolar à altura dos
desafios de momento. E este problema é tão grave que faz com que haja ainda
muitas pessoas que interpretam tudo à imagem e semelhança da sua ignorância. O
Chefe do Estado sublinhou que, quando não se está iluminado com o saber, tudo
se apresenta como algo impossível, e os que não dominam a ciência e a técnica,
nunca vislumbram soluções. Para Guebuza, é muito grave que, em pleno século
XXI, ainda haja muitas pessoas que acreditam em coisas tão descabidas, como é o
caso dos que dizem que o cloro é que causa a cólera, e que são contra o
tratamento da água com este produto químico para matar as bactérias que causam
a doença. Armando Guebuza
arrolou uma série de outras alegadas “mentiras” que ainda são assumidas como
verdades por muitos moçambicanos que não beneficiaram da educação, como é o
caso dos que ainda acreditam cegamente na feitiçaria, até ao ponto de haver
filhos que acusam os seus próprios pais de feiticeiros que os querem matar.
Segundo o
índice de desenvolvimento humano da ONU, Moçambique e Guiné-Bissau estão no top
15 dos países com maior taxa de analfabetismo do globo, com percentagens de
48,1 e 52 por cento, respectivamente. Timor Leste conta com 41,4 da população
analfabeta, Angola com 29,9, Cabo Verde com 15,7, São Tomé com 15,1. O Brasil
conta uma percentagem de 11,4 e Portugal, com 5,2 valores, continua a ser o país
com maior taxa de analfabetismo da Europa. No norte de Moçambique, o número de
pessoas que não sabe ler nem escrever é de 65 por cento, pelo que esta é a
principal área de investimento do programa, cofinanciado pelas Nações Unidas
que visa diminuir a taxa de analfabetismo do país para 30 por cento até 2015.
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