A implementação
do projecto de lei sobre os juízes eleitos vai representar um encargo adicional
anual para o Orçamento do Estado moçambicano na ordem de 22,2 milhões de
meticais (pouco mais de 740 mil dólares americanos).Este impacto orçamental
terá efeitos a partir do exercício económico de 2014, indica um documento do
Ministério das Finanças, enviado a Assembleia da República (AR), o parlamento
moçambicano.“Analisada a proposta de lei sobre os juízes eleitos constata-se
que da sua aprovação e aplicação resultará um encargo adicional anual para o
Orçamento do Estado no montante de 22.212.000,00 meticais, com efeitos a partir
do exercício económico de 2014”, sublinha o documento.O referido projecto de
lei foi aprovado Sexta-feira última, cobrindo assim um vazio legal que se
registava desde os primeiros anos da independência.A Constituição da República
e a lei da organização judiciária de 2007 impõem a participação dos juízes
eleitos nos julgamentos em primeira instancia e na decisão da matéria de facto.A
aprovação desta lei já era considerada prioritária. A Procuradoria-Geral da
República (PGR) já se referiu, por exemplo, da existência de processos
acumulados nos tribunais superiores de recurso, que não podem ser julgados, em
primeira instância, enquanto não houver juízes eleitos aquele nível.Por outro
lado, estima-se em 270 o número de juízes eleitos existentes no país, nenhum
dos quais integra a lista dos funcionários ou agentes do Estado por,
aparentemente, não possuírem nenhum vínculo formal com o Estado.As primeiras
eleições dos juízes eleitos deverão ocorrer até 15 de Dezembro próximo.
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