O Ministério da Saúde (MISAU) afirma que só
reagirá as informações da iminente greve geral dos médicos, prevista para a
próxima segunda-feira, quando o momento que julga ser oportuno tiver chegado.Martinho
Dgedge, porta-voz do pelouro e director de Recursos Humanos, disse única e simplesmente que informações de interesse
público a volta do assunto só virão a superfície, quando o momento for o certo,
escusando-se a avançar datas.A Associação dos Médicos de Moçambique (AMM) já
comunicou publicamente que paralisará os serviços a partir do dia 20 do mês em
curso (segunda-feira), em todos os sectores, devendo todos os médicos (clínicos
gerais, académicos/investigadores, dentistas e especialistas) não comparecer
aos locais de trabalho.No decurso da greve, deverão ficar paralisadas as
enfermarias, as consultas externas, o bloco operatório, as urgências, a sala de
observação da urgência, cuidados intermediários da cirurgia, a unidade de
cuidados intensivos, a traumatologia, a maternidade e a sala de partos.A AMM
afirma, por outro lado, que ficam completamente paralisadas as clínicas dos
hospitais públicos e a paralisação é extensiva aos médicos que não estando a
exercer a actividade clínica estejam a trabalhar em instituições públicas,
incluindo o MISAU.A decisão da AMM, segundo o documento contendo as directrizes
da greve, resulta da violação flagrante do
preconizado no memorando de entendimento assinado entre as partes (MISAU/AMM),
em Janeiro último que pós termo ao “braço de ferro” que até então reinava.O
memorando estabelecia, entre vários aspectos, a ausência de represálias aos
médicos e médicos estagiários; a necessidade de um salário digno e diferenciado
para cada profissional, baseado no princípio de equidade, com efeito a partir
de Abril último.No entanto, a associação afirma que o preconizado não foi e nem
está a ser cumprido, uma vez que os médicos e médicos estagiários sofreram
represálias; não foi cumprida a questão de salário mínimo digno e diferenciado
muito menos o debate do estatuto do médico na 1/a Sessão da Assembleia da
República (AR), o parlamento moçambicano.Desta feita, à AMM não sobra outra
alternativa senão enveredar pela paralisação geral do serviço saúde, contrariamente
ao que aconteceu na greve de 05 a 07 de Janeiro, que não estavam contemplados
os serviços mínimos como as urgências, só para citar exemplo.
0 comments:
Enviar um comentário