quarta-feira, maio 15, 2013

A Renamo só exige,exige! Assim não é possível...

O Presidente Armando Guebuza, voltou a reiterar  em Wuhan, na China, que o diálogo entre o governo moçambicano e a Renamo não pode ser uma imposição de tudo o que este partido da oposição gostaria que o Executivo fizesse a seu favor, mas apenas o que se circunscreve nos preceitos da Constituição do País e que seja a favor da vontade da maioria dos moçambicanos.Falando em improviso diante de uma audiência constituída por estudantes moçambicanos que frequentam algumas universidades da cidade de Wuhan, no quadro da visita de trabalho de sete dias iniciada na segunda-feira à China, Guebuza deixou entender que a Renamo só fala da necessidade do diálogo, mas que no fundo o que quer é tudo menos um diálogo sincero capaz de produzir algo útil para a maioria dos cidadãos. Para fazer valer os seus argumentos, Guebuza falou dos dois anos que duraram as conversações entre o Governo e a Renamo em Roma, quando ele era o negociador-chefe do Executivo do seu antecessor Joaquim Chissano, e que culminaram com a assinatura do Acordo Geral de Paz em 1992. 

“Como sabem, a paz em que estamos é resultado de um diálogo que mantivemos em Roma com a Renamo durante mais de dois anos. Só isto mostra que não somos contra o diálogo, mas não podemos agir contra e fora da Constituição”, vincou. Deixou entender que, até agora, o que tem sido apresentado na mesa de conversações são exigências que, a serem aceites, seriam uma grave violação da Constituição ou na melhor das hipóteses, uma profunda revisão desta lei-mãe. O estadista moçambicano fez questão de afiançar que no actual quadro jurídico do País, uma revisão profunda da Constituição só pode ser deliberada no mínimo pela Assembleia da República, e nunca numa mesa de negociações entre duas partes, por mais poderosas que sejam. Destacou que, por isso, o seu governo entendeu que se deve embarcar pela revisão da Constituição tendo a AR no leme desse processo, para que seja ela a deliberar com o mandato do povo, para que se possam sanar os erros que, eventualmente, tenham sido cometidos no decurso da sua elaboração até à aprovação em 1990.
Disse que será na mesma esteira que se poderá sanar as lacunas que agora possam ter-se detectado ao longo dos 23 anos que discorreram após a sua aprovação, do mesmo modo que se poderão melhorar todos os outros aspectos que porventura haja quem queira que sejam inclusos agora.Vincou que mais do que se tentar fazer essa revisão fora dos parâmetros da lei e da participação de todos os moçambicanos, tal como se fez quando se ouviu todos os cidadãos moçambicanos quando se esboçou esta agora em vigor, para que a nova versão seja legítima deve ser feita com o envolvimento de todos ou pelo menos da maioria.Disse que assim se fez para a adopção da presente Constituição, e o mesmo deverá ser feito agora antes de se aprovar a Constituição revista.Refira-se que a Constituição mereceu uma revisão pontual em 2004.(G.Mavie)

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