Depois de quase uma semana
de recenseamento iniciado com grandes dificuldades, o director-geral do
Secretariado Técnico de Administração Eleitoral
(STAE), Felisberto Naife, anunciou ontem
em Maputo que a instituição que dirige acaba de importar 750 novas máquinas de impressão, provenientes da África do Sul, para substituir as que têm incompatibilidade
com os tinteiros na impressão de cartões do eleitor. As impressoras foram
adquiridas por um consórcio formado pelas empresas Artes Gráfica (moçambicana e parte do grupo Académica), com ligações ao chefe de Estado, Armando Guebuza,
e a sul-africana Lithotech. Não houve concurso público para fornecimento deste material. Felisberto
Naife reconheceu que as dificuldades na
impressão dos cartões de eleitor deveriam ter sido resolvidas antes do início
do recenseamento. “Deveria ter havido ensaios para identificar estas particularidades ”, disse
sem explicar o porquê de não terem sido
feitos os ensaios que reconhece serem
necessários. “Vamos fazer uma substituição imediata das impressoras para que os tinteiros que temos em grandes quantidades possam ser usados nessas impressoras para imprimir os cartões de
eleitor”, disse. Este tipo de problemas técnicos parece inconcebível para um País que desde 1994 realiza regularmente eleições.
(A. Nhacuahe)
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