Operadores turísticos acusam a SASOL de
pretender matar turismo nos distritos de Vilankulo e Inhassoro. Está cada vez
mais tensa a relação entre a SASOL e operadores turísticos destes distritos,
tudo por causa da pretensão maléfica desta multinacional em desenvolver uma
pesquisa nociva de hidrocarbonetos nas água marinhas da área do Arquipélago de
Bazaruto.Em mais um encontro de consulta pública
que a SASOL se viu forçada a realizar esta quarta-feira (23), em Vilankulo, em
uníssono, os cerca de centenas de operadores turísticos e representantes das
comunidades de Bazaruto e Inhassoro, que vivem da actividade turística disseram
não, às actividades de perfuração nas águas do velho indico.
O plano de pesquisa apresentado aos
participantes da consulta pública, aponta uma total poluição marinha e
destruição dos recifes de corais que constituem o principal atractivo turistico
do Arquipelago de Bazaruto, uma região insular que concorre à património
mundial da humanidade.
Os dugongos, baleias, tartarugas, tubarões
entre outras espécies que fazem milhares de visitantes deslocarem-se para
Vilankulo e Inhassoro, serão mortos nas actividades de procura do esgotável
petróleo e gás.
A actividade pesqueira que garante renda a
milhares de famílias de Bazaruto, Vilankulo e Inhassoro, será largamente
prejudicada, pois o mar estará completamente vazia.
"Querem matar o nosso turismo, nossa
fonte de sobrevivência por causa de simples pesquisa, nós não queremos",
disse um dos particilantes que na ocasião interveio na sessão de consulta
pública. Um outro paticipante ao referido encontro, visivelmente muito agastado
com a pretensão da multinacional SASOL que explora o gás natural de Pande em
Govuro e Temane em Inhassoro, pediu que esta empresa recue nesta intenção
apelando ao governo para nunca aprovar este projecto nocivo ao meio marinho.
Para
o presidente da Associação de Turismo em Vilankulo, Yassin Amuji, os operadores
turísticos e todos que vivem directamente da actividade turística, vão se
manter unidos na defesa do meio ambiente e assegurar que o turismo continue uma
indústria que tal como os recursos minerais contribua para o desenvolvimento do
país.
Acrescentou que os recursos minerais não
estão acima de todos outros elementos da natureza úteis ao ser humano.A SASOL
representada no encontro por Januário Mucavel, responsável pelos projectos
sociais nesta empresa, embora desanimado com o posicionamento dos participantes
considerou a sessão de auscultação pública produtiva e didática. O representante do Ministério da Terra
Ambiente e Desenvolvimento Rural, Lote Simione, referiu que o governo irá
discutir sobre o projecto tendo como base todos os elementos resultantes da
sessões de consulta pública "se o posicionamento das comunidades
prevalecer teremos dificuldades em avançar disse.
Nas camisetas dos participantes da sessão
de consulta pública realizada em Vilankulo, liam-se frases como esta, turismo e
pesca, nossa riqueza não à actividade sísmica, vamos proteger Bazaruto.
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