terça-feira, julho 01, 2014

Mortos a sangue frio

Seis crianças da mesma família com idades compreendidas entre dois e dez anos foram barbaramente assassinadas na madrugada de domingo último no distrito de Chinde, na Zambézia, por indivíduos ainda desconhecidos e ainda em fuga. A mãe das vítimas, Natália Salino, contou à Polícia no Chinde que os malfeitores introduziram-se mascarados dentro da sua residência cerca das vinte e três horas exigindo dinheiro sob ameaças de morte caso não fosse satisfeita a sua vontade assassina.Natália Salino disse na altura que não dispunha de nenhum valor, o que aguçou a saga assassina dos criminosos, e como reação a essa resposta acabaram matando a sangue frio os menores. Na altura da ocorrência o marido de Natália, segundo disse, encontrava-se na cidade da Beira para onde se tinha deslocado em busca de mercadoria diversa para revender na sua banca. O pai dos menores é um pequeno comerciante que vem lutando no dia-a-dia contra todas as adversidades para o sustento da sua família.“Apenas senti sangue a jorrar nos meus braços, porque o mais novo estava a dormir comigo no colo e quando me assustei já estavam todos cheios de sangue e homens mascarados a cortarem os outros que também estavam no quarto, e quando pedi ajuda estes se puseram em fuga”, disse Natália Salino, ainda mal refeita duma violência sem igual.
Os corpos das seis vítimas estão já na morgue do Centro de Saúde da Vila-Sede Distrital. Não há informações sobre como o Governo local irá ajudar a família a realizar os funerais colectivos das vítimas.Na cidade de Quelimane a porta-voz da PRM, Elsídia Filipe, a qual garantiu que a corporação policial estava a trabalhar no assunto com vista ao seu esclarecimento.Entretanto, o governador da província da Zambézia, Joaquim Veríssimo, disse ontem em Quelimane que o seu Executivo condena o acto desumano protagonizado por tais malfeitores, tendo avançado que a Polícia já esta a trabalhar de modo a neutralizar os malfeitores.Veríssimo pediu na ocasião a colaboração da população do distrito de Chinde de modo a solidarizar-se com a família enlutada e denunciar, caso tenha algumas pistas do paredeiro dos assassinos ora a monte.

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