Atentem na fotografia.
Trata-se do destaque da edição de hoje, Segunda-feira, dia 14 de
Julho de 2014, do Semanário Dossier e Factos". A notícia dá conta que a
Dra Luísa Diogo e a Dra Graça Machel foram "banidas na TVM", o que
significa que elas não poderão merecer cobertura noticiosa por parte da
televisão pública, estando alegadamente em marcha o plano de ainda calá-las em
outras redacções, nomeadamente Notícias, Domingo e Rádio Moçambique.
Ora bem, o mais provável é que esta notícia É FALSA e visa tão somente
baralhar as pessoas para os assuntos que mais interessam. Tentarei aqui mostrar
isso.
1. Banir Graça Machel ou Luisa Diogo é do ponto de vista da
audiência subtrair-se à relevância. É um suicídio, principalmente quando tal
decisão for consciente e movida pelos interesses políticos. As duas e cada uma
delas têm muito a dizer seja dentro ou fora deste país. Até porque a vitória da
Frelimo vai também dependenr do seu envolvimento, como aliás é obrigação de
qualquer membro contribuir para tal. Portanto, em nada adianta vedar o acesso a
figuras que arrastam massas, audiências e são as únicas mulheres FORTES de que
Moçambique se orgulha actualmente. Elas só podem decidir ficarem caladas, mas não
é isto o que parece. A mamã Graça está de volta e com toda força.
2. As duas representam interesses económicos incomensuráveis para
a sobreviência das empresas da mídia. Ou seja, se a Dra Diogo é PCA da
Barclays, a Dra Graça dirige a única Fundação viável deste país, com tentáculos
e interesses económicos que, quando accionados para retaliar, pode até
inviabilizar a TVM, Radio Moçambique e Noticias juntos: estou a falar da
Vodacom, BIM, FDC, Tchuma, etc, só para citar organizações conhecidas pela
maioria dos facebookistas. De recordar que o Grupo Watana, dirigido pela Graça
é que detem a presidencia rotativa da Vodacom e que decidiu entregá-la ao
actual PCA. Não é por ai que eu iria.
3. Um eventual banimento seria ouro para a concorrência. E,
querendo, as duas mulheres poderiam iniciar até um programa diário numa
televisão qualquer e os resultados não se fariam esperar. E isto já aconteceu
na Roménia,onde um político foi "banido"de uma TV e foi abrir um
programa noutra. A outra TV sofreu revés. Portanto, não estamos ao nível
pequeno.
4. O quatro argumento é simples e claro: Não é a Luisa Diogo ou
Graça Machel que precisa de nós. Somos nós que precisamos delas. Não é todos
dias que se tem duas mulheres na lista das 100 mais influentes do Mundo.
Há coisas que não vale a pena experimentar. E por causa disto,
julgo que a notícia é falsa e enganosa.
Se os órgãos visados não têm nada a saber destas duas mulheres (e
isto não significa banimento. Não ter ideias para pauta não significa
bainmento), muito mais órgãos de informação (com idieas e assuntos)
procuram-nas diariamnte, pelo que elas só podem agradecer pelo tempo
poupado...para a desgraça de tantos moçambicanos que têm na TVM principal canal
televisivo.(Egídio Vaz)
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