No dia três de Julho do
corrente ano a Presidência da República distribuiu aos Membros do Conselho de
Estado, convocatória para a quarta sessão do Conselho de Estado, a ter lugar no
dia sete Julho de 2014 na Presidência da República. De acordo com a agenda
distribuída atempadamente aos Membros do Conselho de Estado, esta sessão
deveria debruçar-se sobre a “Situação político-militar do país”. O documento
sobre a situação político-militar foi apresentado pelo Primeiro-ministro onde
fazia descrição do que considerou ataques da RENAMO desde finais do ano passado
a esta parte. Este documento apontava ao conselheiro do Estado António Pedro
Muchanga que no exercício da sua função de Porta-voz do Presidente da RENAMO
promovia “incitação a violência”. Este documento viria a ser reforçado com um
pedido do Procurador-geral da República ao Conselho de Estado para a retirada
de imunidade do António Muchanga. Durante os debates transpareceu a ideia de
que os membros do Conselho de estado indicados pela Frelimo já tinham uma
posição concertada sobre o objectivo desta reunião que culminaria com a
detenção de António Pedro Muchanga. A reunião termina com o Presidente da
República a declarar a retirada da imunidade do António Muchanga, confirmando
desta feita o objectivo oculto desta reunião. António P. Muchanga viria a ser
raptado a saída da reunião dentro do recinto da Presidência da República por um
numeroso grupo trajados a civil sem nenhum mandato judicial, de modo cruel para
um local incerto. Estava desta feita alcançado o objectivo da convocação desta
reunião de Conselho de Estado que na verdade era a detenção do António
Muchanga. Na verdade durante a reunião não foi dada a primazia aos aspectos
relacionados com a pacificação do país, notou-se claramente o encorajamento, ao
Presidente da República, por parte dos Membros do Conselho de Estado indicados
pela Frelimo para continuar a usar os instrumentos repressivos (FADM e Polícia)
contra homens da RENAMO, ignorando os apelos da sociedade civil para acelerar
os mecanismos do diálogo em curso. Refere-se que a RENAMO esta envidar esforços
junto das autoridades das policiais e de Justiça para esclarecimento deste
rapto que ocorreu no recinto da Presidência da República.
Maputo, aos 07 de Julho de
2014
fonte: renamo.org.mz
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