segunda-feira, julho 07, 2014

Detido,raptado,detido ou raptado....detido

No dia três de Julho do corrente ano a Presidência da República distribuiu aos Membros do Conselho de Estado, convocatória para a quarta sessão do Conselho de Estado, a ter lugar no dia sete Julho de 2014 na Presidência da República. De acordo com a agenda distribuída atempadamente aos Membros do Conselho de Estado, esta sessão deveria debruçar-se sobre a “Situação político-militar do país”. O documento sobre a situação político-militar foi apresentado pelo Primeiro-ministro onde fazia descrição do que considerou ataques da RENAMO desde finais do ano passado a esta parte. Este documento apontava ao conselheiro do Estado António Pedro Muchanga que no exercício da sua função de Porta-voz do Presidente da RENAMO promovia “incitação a violência”. Este documento viria a ser reforçado com um pedido do Procurador-geral da República ao Conselho de Estado para a retirada de imunidade do António Muchanga. Durante os debates transpareceu a ideia de que os membros do Conselho de estado indicados pela Frelimo já tinham uma posição concertada sobre o objectivo desta reunião que culminaria com a detenção de António Pedro Muchanga. A reunião termina com o Presidente da República a declarar a retirada da imunidade do António Muchanga, confirmando desta feita o objectivo oculto desta reunião. António P. Muchanga viria a ser raptado a saída da reunião dentro do recinto da Presidência da República por um numeroso grupo trajados a civil sem nenhum mandato judicial, de modo cruel para um local incerto. Estava desta feita alcançado o objectivo da convocação desta reunião de Conselho de Estado que na verdade era a detenção do António Muchanga. Na verdade durante a reunião não foi dada a primazia aos aspectos relacionados com a pacificação do país, notou-se claramente o encorajamento, ao Presidente da República, por parte dos Membros do Conselho de Estado indicados pela Frelimo para continuar a usar os instrumentos repressivos (FADM e Polícia) contra homens da RENAMO, ignorando os apelos da sociedade civil para acelerar os mecanismos do diálogo em curso. Refere-se que a RENAMO esta envidar esforços junto das autoridades das policiais e de Justiça para esclarecimento deste rapto que ocorreu no recinto da Presidência da República.

Maputo, aos 07 de Julho de 2014 
fonte: renamo.org.mz

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