O Movimento Popular de Libertação
de Angola (MPLA) anunciou quinta-feira (24 de Agosto) que, com cinco milhões de
votos escrutinados em todo o país, tem a "maioria qualificada
assegurada" e a eleição de João Lourenço para Presidente da República.
A informação foi transmitida,
cerca das 11:50, na sede nacional do MPLA, em Luanda, pelo secretário do Bureau
Político, para as questões políticas e eleitorais, João Martins, em declarações
aos jornalistas."Temos vindo a fazer a compilação dos dados que os nossos
delegados de lista nos têm remetido, das atas síntese que obtiveram das
assembleias de voto a nível de todo o país. E, numa altura em que temos
escrutinado acima de cinco milhões de eleitores, o MPLA pode garantir que tem a
maioria qualificada assegurada", disse."Por
isso, é com tranquilidade que podemos assegurar que o futuro Presidente da
República será o camarada João Manuel Gonçalves Lourenço e o futuro
vice-Presidente da República será o camarada Bornito de Sousa Baltazar
Diogo", disse o mesmo responsável do partido.
Técnicos da Comissão Nacional
Eleitoral de Angola (CNE) anunciaram em paralelo, em Luanda, que não se revêm
nos resultados divulgados pela próprio CNE algumas horas antes, e que dão ao
Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) a vitória nas eleições presidenciais
que se realizaram na quarta-feira.Num acto inédito, em conferência
de imprensa que decorreu na noite desta quinta-feira (24), alguns membros do
CNE afirmaram aos jornalistas que não se revêm nos números apresentados pelo
próprio organismo para o qual trabalham por não terem sido chamados,
como é a sua função, a escrutinar esses mesmos votos.“Não nos revemos na comunicação
da CNE porque não foi feita com base nos preceitos legais, nem participamos na
produção daqueles resultados. Com base na lei, cabe à CNE congregar os resultados
eleitorais apurados por cada uma das candidaturas nas mesas de voto, com base
nas informações fornecidas pelas comissões provinciais eleitorais que são os
órgãos locais da CNE. Nenhuma comissão se reuniu para produzir os resultados
que foram anunciados. Aqui estão membros da coordenação técnica do
centro de escrutínio e eles não participaram na produção daqueles resultados”,
referiu o porta-voz do grupo, o comissário da UNITA, Cláudio da Silva.
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