“O seu acompanhante deve ter sempre sinto de
segurança”. “Um transportador público não deve ter barba grande”. “Não pode
ultrapassar a lotação recomendada. O que diz o livrete?”. Eram apenas conversas
de pedagogia. Caderneta de multa a parte, a Polícia de Transito dedicou o dia
de ontem somente para educar. Não havia nenhuma multa a aplicar, mesmo diante
de uma irregularidade. E houve, de facto, quem não tinha toda a documentação
exigida pelos homens que regulam o trânsito. Tal foi o caso de Rafael Machai,
interpelado na avenida OUA, Cidade de Maputo. Tinha a inspecção não actualizada.
“Não tem inspecção? Deve levar o carro à inspecção. Isso é obrigatório”,
alertava o agente da Polícia de Transito.Houve também um automobilista que foi encontrado
com vidros fumados e, por isso, foi obrigado a tirar o plástico, uma vez que a Polícia
proíbe que se alterem as características originais das viaturas, em particular
fumar os vidros.
Mesmo depois de tirar, o automobilista justificou que comprou
a viatura com vidros fumados e que não alterou nenhuma característica. Além das
actividades desta quinta-feira, daqui em diante a Polícia de Trânsito passará a
andar com um banner, como forma de transmitir mensagens educativas contra a
corrupção. No mesmo está escrita a mensagem: “Serviço livre de corrupção”. A Polícia explica que o objectivo é acabar com
situações em que os agentes são subornados, de modo a não aplicar multa em caso
de alguma irregularidade. “Queremos acabar com suborno aos agentes da Polícia.
Estamos também a fazer um trabalho profundo internamente, de modo a educar os
nossos agentes”, disse Rodrigues Zucula, chefe de departamento da Polícia de
Trânsito da Cidade de Maputo. Os automobilistas saúdam a iniciativa e esperam
que possa, também, evitar possíveis casos de exigência indevida de dinheiro. A campanha de educação da Polícia surge numa altura
em que os acidentes de viação continuam a matar pessoas e igualmente numa
altura em que são registados casos de roubo de viaturas.
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