Abelhas mamangabas são capazes de diferenciar ambientes seguros dos
perigosos e, quando expostas a situações de risco, escolhem pousar em flôres
em que já há outras abelhas. Essas foram as conclusões de um novo estudo
realizado pela Universidade de Londres Queen Mary, na Inglaterra, e publicado
na semana passada no periódico Proceedings of the Royal Society B. "Nosso
experimento mostra pela primeira vez que, quando as abelhas se encontram entre
muitos predadores, elas se juntam a outras abelhas em locais seguros para se
alimentar", explica Erika Dawson, co-autora do estudo. Os cientistas
treinaram as abelhas para diferenciar ambientes seguros e perigosos: quando
elas pousavam em uma flor associada ao perigo, pinças de espuma as prendiam e
impediam que elas saíssem em busca de alimento, simulando um ataque de aranha -caranguejo,
predador que se esconde nas flores e captura insectos polinizadores, como as
abelhas. Os resultados mostraram que, em
ambientes seguros, as mamangabas escolhiam de forma aleatória as flores para se
alimentar, mas em ambientes perigosos elas só pousavam em flores já ocupadas
por outras abelhas. "É como andar por um bairro perigoso — você tende a
escolher um caminho mais movimentado, onde as chances de acontecer algo com
você são provavelmente menores", diz Erika. Para Lars Chittka, co-autor do
estudo e líder do laboratório de Ecologia Sensorial e Comportamental das
Abelhas, os resultados mostram uma grande flexibilidade nas decisões e
estratégias dos polinizadores. "As abelhas normalmente se espalham pelas
flores para diminuir a competição, mas quando o perigo aparece elas se unem
para buscar segurança", afirma o pesquisador.(Veja)
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