A Associação dos Desmobilizados de Guerra de Moçambique
entregou, na segunda-feira(12), à Presidência da República uma carta de repúdio
contra a lei das regalias e mordomias dos antigos Presidentes da República e
deputados, recentemente aprovada pela Assembleia da República. Esta
informação foi confirmada pelo presidente da Associação dos Desmobilizados de
Guerra, Hermínio dos Santos, que acrescentou que, além da Presidência, a mesma
carta foi entregue ao Conselho Constitucional, à Procuradoria-Geral da
República e à Assembleia da República Segundo a missiva, os autores há 36 anos
eram jovens, e muitos foram recrutados à força, tirados das salas de aula para
o Serviço Militar Obrigatório, a fim de defender a pátria que na altura estava
em guerra. “Estes jovens e crianças que deixaram tudo para trás, incluindo os
seus sonhos de serem médicos, professores, operários e (porque não?) deputados,
para defender a pátria. Durante o exercício da defesa, não tinham salário, não
tinham condições de criar bases de sustentação para as suas famílias”, pode
ler-se numa das passagens da carta. Acrescenta a missiva que, depois do Acordo
Geral de Paz, também os desmobilizados das Forças Populares de Libertação de
Moçambique (os Antigos Combatentes anónimos) e das Forças Armadas da Defesa de
Moçambique, desde 2000 para cá, não beneficiaram da reintegração social. (C.
Saúte) - Clik AQUÍ para ouvir a música da marcha.
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