A UNIDADE nacional é um dos valores sacrossantos e
estruturantes da acção do Partido Frelimo, desde a sua génese como instituição
política, afirmou ontem o Presidente Armando Guebuza na abertura da I Sessão
Extraordinária do Comité Central que decorre na cidade da Matola, província de
Maputo. Caracterizando-a como um dos segredos e condimentos da garantia das
sucessivas vitórias do partido no poder, Armando Guebuza disse que a unidade
nacional é o valor que alimentou, dinamizou e emancipou os moçambicanos como
homens e mulheres resolutos à busca da liberdade e independência. Como prova
maior da sua grandeza, segundo o Presidente da Frelimo, é que no fervor do
nacionalismo, nem mesmo as prisões arbitrárias da sanguinária PIDE impediram
que os moçambicanos sonhassem e idealizassem um país livre e independente.
“Ainda que presos e torturados, ainda que sob as sevícias dos
verdugos dessa tenebrosa PIDE, nas nossas mentes nós já nos sentíamos livres e
agíamos como tal. Por isso, os nossos sonhos de liberdade e independência nunca
foram encarcerados. Muito pelo contrário, eles transformaram-se em escolas e
viveiros da nossa crença num Moçambique livre e independente”, disse,
acrescentando que exactamente onde era suposto os moçambicanos se sentirem
oprimidos, nasceu a consciência de que valia a pena resistirem e continuarem a
lutar por Moçambique.
Armando Guebuza considerou a unidade nacional hoje como a mais
importante bandeira, o estandarte galvanizador da luta que os moçambicanos
travam contra a pobreza e pelo desenvolvimento social e económico do seu país. É
com a unidade nacional que os moçambicanos se sentem cada vez mais irmãos e
irmãs, livres de fixar residência em qualquer canto do país, donos das riquezas
com que o país é abençoado e estão prontos ao trabalho. Neste contexto, afirmou
o Presidente do partido no poder, a unidade nacional é o maior ganho dos
moçambicanos.
“Foi-o no passado, é-o no presente e sê-lo-á no futuro”,
garantiu Armando Guebuza, acrescentando que a Frelimo se orgulha de ser uma
força política muito abrangente, inclusiva e representativa de todos os
moçambicanos.
A I Sessão Extraordinária do Comité Central da Frelimo vai
aprovar em definitivo a versão final do manifesto eleitoral do partido e do seu
candidato para as eleições de 15 de Outubro, depois de os quadros terem
avançado as suas contribuições. Vai ainda aprovar as directivas sobre a eleição
de candidatos a deputados da Assembleia da República e sobre a eleição de
candidatos a membros das assembleias provinciais. Sobre aqueles instrumentos,
Armando Guebuza exortou a todos os membros do Comité Central a expurgarem todas
as imperfeições, ambiguidades e subjectivismos para que tudo o que for neles
plasmado esteja claro e não haja espaço para quem queira subverter a sua letra
e espírito. Depois de aprovados, segundo o Presidente da Frelimo, não se deve
permitir que o tribalismo, racismo, regionalismo ou grupos de interesse
contrários à unidade nacional e à coesão interna os ponham em causa.
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