O
presidente da Republica, Armando Guebuza, apelou, esta sexta-feira (23), à
sociedade civil para que convença a Renamo, maior partido da oposição no país,
a baixar as armas e a voltar à mesa das negociações com o governo.«Penso que a
sociedade civil vai ajudar-nos a mobilizar a Renamo», disse Armando Guebuza num
comício em Chókwè, no início da presidência aberta na província de Gaza, no sul
do país.Segundo o chefe do Estado, os moçambicanos irão ajudar nessa ação
porque vão «perguntar» a Renamo porque «usam as armas, porque não querem conversar
para resolver o problema».Guebuza reiterou, ainda, a disponibilidade do governo
para dialogar e instou a Renamo a ouvir o povo, «porque todos almejam a paz».
Entretanto
o líder da Renamo, Afonso Dhlakama,
disse na manha de hoje(23) a jornalistas, que quer sair da Gorongosa, para
começar a organizar as actividades do seu partido e envolver-se no processo
eleitoral. Mas diz que não o pode fazer porque Guebuza mandou concentrar tropas
da FIR e a FADM com ordens para matar.Numa conferência de imprensa bastante
concorrida feita por telefone e que teve lugar na sede da Renamo em Maputo,
Dhlakama disse não compreender a perseguição que Guebuza ordenou. "Eu sou
líder de um partido, sou moçambicano e tenho meus direitos de eleger e ser
eleito, por isso quero vir organizar o meu partido. O Nyusi e os outros líderes
já começaram a andar pelo País e eu quero fazer o mesmo".Dhlakama deixou
claro que não tem medo da Frelimo e que “hoje mesmo chegaria a Maputo” só que
segundo ele, a Frelimo vai disparar “e se eu responder poderá destruir-se tudo,
o que seria mau para o País" disse.
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