Arrancam nos finais deste trimestre as obras de construção do
terminal de fertilizantes no Porto da Beira, na província central de Sofala,
com capacidade para manusear diariamente entre seis a oito mil toneladas de
adubo. Orçado em 30 milhões de dólares norte-americanos, o terminal visa
acomodar a crescente demanda no manuseamento daquele tipo de carga estando,
neste momento, a funcionar no local um terminal provisório com capacidade de
duas mil toneladas diárias. A ideia também visa reduzir o tempo de permanência
dos navios de uma semana para três dias, permitindo maior rotação das
embarcações. Basicamente, tenciona-se desviar as elevadas quantidades de adubo
que passam para Durban, na República da África do Sul e que têm como destino o
Zimbabwe e a Zâmbia para serem manuseadas a partir daquele terminal. O chefe do
Departamento de Marketing e Vendas da Cornelder de Moçambique, Félix Machado, é
citado pelo jornal “Noticias” a apontar que de 1998 a esta parte o Porto da
Beira passou de 50 mil toneladas por ano para atingir actualmente 600 mil e com
a possibilidade de acomodar entre 1,2 a 1,5 milhões de toneladas/ano que é o
potencial da região. Para isso, defende que, é necessário melhorar a
produtividade pelo facto de actualmente se trabalhar na descarga, ensaque e
transporte de quantidades consideradas irrisórias para o mercado dos países do
“hinterland” que são tradicionais operadores do Porto da Beira, designadamente
Zâmbia, Zimbabwe, Malawi e RDCongo. Tudo isto, segundo Machado, acontece numa
altura em que o manuseamento da carga no Terminal de Fertilizantes e de
Granitos é mais estável atingindo anualmente entre 120 a 150 mil toneladas,
mesmo com a crise do Zimbabwe. No armazém de tabaco usado maioritariamente pelo
Malawi, o Porto da Beira, passou a manusear 80 por cento daquele produto de
rendimento, contra os 20 anteriores, quantidade que no passado era manuseada a
partir de Durban.
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