A edição de fim-de-semana do jornal do Malawy The Nation afirma que , um dos locais “mais afectados” é o distrito de Mongochi, que faz fronteira com a província moçambicana do Niassa.“Os moçambicanos estão a delimitar o terreno mesmo antes dos dois países chegarem a um acordo mútuo, sob o pretexto de um projeto florestal”, acusa o jornal.“Desde o momento que iniciámos o exercício de reafirmação (de fronteira) os moçambicanos seguem as nossas pegadas e plantam árvores ao longo da linha de delimitação”, acusou um agrimensor, Danfor Masamba, que diz ter sido preso temporariamente pelas autoridades de Moçambique.O jornal acrescenta que quatro aldeias, com 100 famílias camponesas, ocupando uma área de 200 hectares, já passaram para o lado moçambicano durante o processo.“Apesar do que se está a passar, o governo (do Malawy) continua a dizer-nos que não perdemos terrenos para Moçambique e que a decisão sobre as fronteiras será tomada após os dois governos se reunirem mas nós nem sabemos quando isso ocorrerá”, queixa-se um dos aldeões, citado pelo jornal.O Malawy, com uma área de 94.080 quilómetros quadrados para 14 milhões de habitantes, mantém também negociações de delimitação fronteiriça com Tanzânia e Zâmbia.Nos últimos anos, uma série de incidentes arrefeceu ainda mais as relações entre Moçambique e Malawy, que têm sido marcadas por uma grande desconfiança mútua.
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