A falta de JET A1 – combustível de aeronaves, impediu que muitos voos a partir de Maputo, não se realizassem no último fim-de-semana, como tudo indica por ruptura de stocks da responsabilidade da Petromoc.Em vários aeroportos do País a ruptura de stocks de combustível Jet A1 chegou a zero libras e em alguns a crise ameaça prevalecer durante vários dias apesar de ontem à tarde terem sido retomados alguns voos a partir de Maputo, com combustível importado de urgência da África do Sul. A LAM teve de cancelar vários voos no sábado e ontem, por falta de combustíveis o que fez com que a companhia acumulasse elevados prejuízos, de acordo com fonte da empresa. A companhia aérea de bandeira foi apanhada de surpresa pela falta de combustível para as suas aeronaves. Vários voos internacionais foram também afectados. Os hotéis de Maputo não foram suficientes para alojar os milhares de passageiros que ficaram retidos na capital moçambicana.Ontem um avião da companhia aérea do Quénia permanecia retido em Maputo, mas quando contactado o balcão da Air Kenya no Aeroporto um funcionário alegou que “a aeronave está retida por razões técnicas”. “Não por falta de combustível”. “Nós somos abastecidos pela BP. Nós não somos abastecidos pela Petromoc. O nosso problema não é de combustível”, alegou o funcionário da Air Kenya. Centenas de cidadãos nacionais e estrangeiros ficaram retidos em Maputo por falta de combustível Jet A1.O dia mais crítico foi sábado. Domingo de manhã houve também vários voos cancelados, mas ao princípio da tarde de ontem a LAM começou a operar alguns voos com combustível importado de urgência da África do Sul. Até partidas de futebol do campeonato nacional, envolvendo equipas de diferentes cidades, tiveram que ser adiadas devido à ausência de voos. Na noite de ontem, a LAM publicou comunicados no seu website a actualizar o horário de voos para hoje.“A LAM – Linhas Aéreas de Moçambique, informa que devido à ruptura do stock do combustível JET A1 para o abastecimento das aeronaves, no Aeroporto Internacional de Maputo, os voos TM 106 [Maputo - Beira - Maputo] e TM146 [Maputo - Quelimane - Maputo], hoje, dia 09 de Julho de 2011, estão cancelados”, anunciou a companhia de bandeira nacional, no sábado. Foi assim que se soube que faltava stock do combustível para o abastecimento de aeronaves.As empresas distribuidoras de combustível e o Ministério da Energia não se dignaram a prestar qualquer informação ao público .Cidadãos que viajavam em negócios para as províncias do Centro e Norte do País, vindos do exterior, aperceberam-se da crise apenas quando começaram a ouvir que os voos estavam a ser cancelados.Mário Matos, que escalava Maputo, vindo de Lisboa, com destino a cidade de Beira, disse que já havia perdido a reunião que o levava a viajar, ou seja, a razão da sua viagem. A LAM foi apanhada de surpresa com a ruptura de stock de combustível e não pode informar aos passageiros com antecedência.Esta madrugada a LAM estava a operar para alguns destinos do País para dar vazão ao tráfego acumulado.Da LAM não foi possível colher explicações substanciais sobre o evoluir da crise de combustível. Mas, através dos comunicados disponibilizados no website da companhia, foi possível ver que para hoje estão marcados voos para vários destinos nacionais e internacionais normalmente efectuados pela LAM. (Borges Nhamirre)
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