sábado, julho 30, 2011

Defesa do rinoceronte

Moçambique e África do Sul pretendem cooperar no combate à caça furtiva de rinocerontes no Parque Transfronteiriço do Grande Limpopo (PTGL), a maior reserva natural do planeta que, também inclui o Zimbabwe.Com efeito, a ministra sul-africana dos Assuntos de Água e Meio Ambiente, Edna Molewa, poderá reunir-se brevemente com representantes do governo moçambicano para esboçar um plano conjunto para travar este mal que tem ocorrido, vezes sem conta, nas reservas de ambos os países.“Acreditamos que os caçadores furtivos podem estar tirar proveito da parte da rede (da fronteira) que está destruída entre os dois países”, disse o porta-voz do Departamento sul-africano dos Assuntos de Água e Meio Ambiente, Albi Modise, citado pela agência de notícias sul-africana “BuaNews”.Segundo Modise, dos dois países irão abordar formas de reforçar e melhorar a segurança na fronteira.“Também gostaríamos de partilhar com a contraparte moçambicana iniciativas que podem permitir a colaboração entre várias empresas de segurança para lidarem com a caça furtiva como um crime cujo combate é prioritário”, disse a fonte.“A situação de caça ilegal de rinoceronte precisa de aplicação de medidas drásticas e a ministra está convicta que trabalhando em conjunto com as nossas agências de segurança seríamos capazes de fortalecer todas os nossos pontos de entrada como o Aeroporto Internacional Oliver Thambo e outros”, disse.Contudo, as autoridades sul-africanas defendem o envolvimento de todos os membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC). Citado pelo “BuaNews”, o Cônsul de Moçambique em Mpumalanga e Limpopo, Artur Veríssimo, disse que os primeiros passos para abordar o problema de caça furtiva na região, ou particularmente nos dois países, já foram tomados.“As forças moçambicanas têm sido destacadas para a linha fronteiriça para lutar contra as actividades criminosas, incluindo a caça furtiva de rinocerontes”, disse Veríssimo.Refira-se que em princípios deste ano, as autoridades do Parque Nacional do Limpopo (PNL), parte integrante do PTGL, manifestaram a sua apreensão com a acção de caçadores furtivos que poderão colocar em risco de extinção da população de rinocerontes. O censo realizado em 2010 detectou a ausência de 10 rinocerontes que haviam sido introduzidos naquele parque há três anos, acreditando-se que os mesmos tenham sido abatidos por furtivos. A situação é mais grave quando se trata de fiscais comunitários que, geralmente, não dispõem de meios eficazes de actuação contra os furtivos.

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