A empresa Transportes Públicos de Maputo (TPM) anunciou o agravamento, a partir dos próximos dias, da tarifa de viagem nas suas rotas intra - urbanas dos actuais cinco meticais (17 cêntimos do dólar norte-americano) para sete meticais. Segundo o assessor de imprensa da TPM, Inocêncio Chicatsa, o agravamento de 40 por cento visa fazer face a algumas despesas operacionais para garantir que a empresa continue a funcionar e a responder a alguns investimentos, com destaque para a amortização do crédito adquirido com a recente aquisição de 150 novos autocarros movidos a gás natural.Por outro lado, este agravamento da tarifa, que não vai abranger as careiras “expresso”, visa fazer face aos elevados custos dos combustíveis, lubrificantes, rodagem das viaturas, peças e acessórios, recursos humanos bem como a despesas administrativas.“A actual tarifa, em vigor desde Outubro de 2007, não cobre 50 porcento das despesas da empresa, concorrendo para a insuficiência da realização das suas operações”, disse Inocêncio Chicatsa, citado pelo jornal “Notícias” de hoje.O relatório sobre as actividades da TPM, referente ao ano transacto, ainda em poder da AIM, indica que a empresa nunca amealhou lucros nos últimos três anos.Com a excepção dos lucros no valor de 14 milhões de meticais conseguidos em 2006, esta empresa pública só averbou prejuízos no período entre 2004/09. No período em referência, os maiores prejuízos registaram-se no biénio 2008 e 2009, havendo, por exemplo, uma diferença entre 156,04 milhões de meticais de receitas em 2008 e as despesas avaliadas em 223,26 milhões no mesmo ano.Mas não é apenas da venda de bilhetes aos passageiros que a empresa TPM sobrevive. Nos últimos anos, a empresa introduziu serviços de aluguer de transporte para empresas e singulares bem como para efeitos turísticos.Ano passado, pelo menos 30 autocarros da empresa estavam ao serviço da companhia mineira Vale, na província de Tete.
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