Lionel Dyck, cidadão americano
que lutou ao lado das forças do regime de Ian Smith e depois da independência
do Zimbabwe passou a comandar o Regimento de Pára-quedistas, nome como passaram
a ser designadas as Forças Especiais (SAS) rodesianas, está de volta a
Moçambique. Já cá havia estado em 1985, deixando uma rasto se sangue por onde
passou quando, a pedido do governo de Samora Machel, foi incumbido da tarefa de
acabar com os BA da Renamo.
Dyke, que se assume como ‘Duque’,
está em Cabo Delgado em mais uma missão de terra queimada. Garimpeiros e
shababos a mira dos seus homens. A pedido do mesmo regime.
O mercenário actua sob a capa de
empresa dedicada a actividades 'sem fins militares', à semelhança da Executive
Outcomes. A empresa do Duque é a Dyck Advisory Group Conservation Trust
(DAGCT), supostamente dedicada à protecção do ambiente. O governo da Frelimo
terá contratado a DAGCT a troco de USD15 milhões por semestre.
Dyke comandou as tropas de elite
do Zimbabawe em Manica e Sofala numa altura em que as FPLM davam indícios de
fraqueza e incapacidade em suster o avanço da guerrilha da Renamo. Unidades do
Regimento de Pára-quedistas massacraram mais de 200 pessoas na região de
Muxumba, poucas horas antes do bombardeamento de Casa Bana pela aviação
zimbabweana em Setembro de 1985.
O mercenário prometera a Samora
Machel a cabeça de Dhlakama antes da visita oficial do chefe de Estado
moçambicano a Washington, D.C. nesse mês. Machel entraria na Casa Banca sem
nada para dar ao seu amigo Ronald.
Foto: Machel em Casa Banana. À direita, o Duque.
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