O ministro da Saúde, Armindo Tiago, manifesta a sua
desilusão com o fraco nível de implementação das medidas de prevenção e combate
à pandemia do novo coronavírus, que causa a doença respiratória, COVID-19.
As
referidas medidas, decretadas pelo Presidente da República, Filipe Nyusi,
através do Estado de Emergência, no dia 1 de Abril corrente, incluem restrições
de deslocações, maior higiene pessoal e colectiva, distanciamento social entre
outras. No que diz respeito a “limitação da circulação interna de pessoas; aqui
a classificação do grau de implementação é insuficiente”, disse Tiago durante a
sessão da Comissão Técnico-Científica da Prevenção da COVID-19.
Deplorou o facto de ainda se registar um grande circulação
de pessoas nas vias públicas do país, sobretudo nas zonas urbanas. O elevado
número de pessoas que participam em cerimónias fúnebres também é preocupante,
segundo o ministro. Entretanto o cumprimento da suspensão das aulas em todos os
sistemas de ensino do país, de acordo com o governante, mostra-se bom, mas a
permanência dos estudantes no domicílio “não parece ter o impacto desejado”.
Sobre a suspensão da emissão de vistos de entrada e
cancelamento dos vistos emitidos, Tiago disse que ainda persiste algum fluxo de
passageiros, particularmente da companhia aérea Ethiopian Airlines. Além de
transportar passageiros retidos no estrangeiro, o ministro anotou que a
Ethiopian Airlines por vezes traz “outros passageiros”.
Sobre a quarentena, (que estabelece um mínimo de 14
dias) o ministro disse ser pertinente uma fiscalização adequada. “Nós achamos que em termos de implementação (da
quarentena) a classificação é suficiente, uma vez que persistem questões
relacionadas com o cumprimento integral desta medida”, referiu. No que concerne a obrigatoriedade da aplicação de
medidas nas instituições públicas e privadas do país, Tiago disse que continua
a observar-se uma elevada carga de trabalho provincial, destacando a
necessidade do uso de máscaras. Já no caso da requisição da prestação dos
serviços de saúde e similares, o governante disse que a nível do plano de
contingência existe um número do pessoal necessário. Aliás, foram solicitadas
algumas instalações sanitárias privadas e públicas que poderão ser utilizadas
na eventualidade de o número de camas existentes no Sistema Nacional de Saúde
revelar-se insuficiente.
Existem actualmente 76 pessoas infectadas pela
COVID-19 em Moçambique. Nas últimas 24 horas foram testadas 44 pessoas, tendo
todas acusado negativo. A doença no mundo já contaminou mais de três milhões de
pessoas, tendo causado mais de 208 mil mortos.
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