A paixão de Attilio Fantini por automóveis
clássicos surgiu muito cedo, durante a sua adolescência. Aos 18 anos, aquando
da compra do seu primeiro automóvel, a sua mãe queria oferecer-lhe um Fiat 500,
mas Attilio chegou a casa no Alfa Romeo Giulia SS 1600 e, a partir desse
momento, tudo mudou e passados quase 50 anos, a sua paixão aumenta cada vez
mais. Após ter andado uns tempos com o Giulia SS 1600, Attilio trocou-o por um
Giulia 2000 GT Veloce.
Dos 25 aos 30 anos, Attilio participou em
várias competições de montanha e ralis, mantendo ainda hoje as máquinas com que
competiu na época. Durante esse período começou a coleccionar modelos Abarth e
Lancia, tal como um 037, Stratos, um Fulvia e um Alfa Romeo Giulia GTA 1600 que
o adquiriu no final dos anos 70, sem nunca o ter restaurado. Quem viu esse
Giulia foi a mulher de Attilio, não tendo perdido tempo em falar com o dono e
adquiri-lo. Além deste Giulia GTA, tem ainda mais dois GTA, sendo um deles um
GTAm.
Attilio gosta particularmente de adquirir
automóveis que estejam parados, esquecidos, mas também já fez más decisões. Por
exemplo, comprou um Abarth 1000, em vez de um Lamborghini Miura pelo mesmo
preço, pois este último não cabia no reboque. Não chegou a comprar um Alfa
Romeo TZ2 ex-S.C.A.R. Autostrada, porque não sabia o que fazer com ele. Enfim,
coisas da vida…
No final dos anos 80, Attilio adquire um Alfa
Romeo Spider, que tinha pertencido à mulher de Fausto Coppi. Posteriormente
vendeu-o a um comprador que, após saber deste pormenor, não desistiu enquanto
não o levou para casa. Apesar de os automóveis de Attilio não poderem ser
apelidados de banais, possuiu também alguns modelos únicos, como o Gilco 1100
MM e o Alfa Romeo Giulia GTA 1600 Gr. 5 Silhouette.
A colecção de Attilio é muito vasta e engloba
grande parte da história automóvel italiana, vai desde o Ansaldo dos anos 20,
até ao Lancia Delta HF Integrale dos anos 90, existindo também modelos de
outras origens, mas em menor quantidade. Para além dos automóveis, a sua
garagem está repleta de peças e automobilia.
Attilio passou a sua paixão ao filho Emanuele,
que quando chegava da escola dirigia-se logo para a garagem, para ver o pai
trabalhar nos automóveis. Conduziu o seu primeiro automóvel aos oito anos, um
Porsche 911S 2.7 de 1974. Este automóvel foi o mesmo utilizado pelo seu pai no
campeonato de montanha, onde tinha vencido. Aos 19 anos, Emanuele participou na
sua primeira prova de montanha, num Fiat 124 Abarth Gr.4. Este mesmo automóvel
também foi utilizado pelo seu pai na sua primeira prova de montanha.
Attilio é, desde 2017, membro técnico da Mille
Miglia, convidado pela própria FIVA, devido a todo o seu conhecimento nos
automóveis que participam nessa prova.
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