Os guerrilheiros da Renamo, de Afonso Dhlakama, quebraram o
cessar-fogo unilateral, que há dias, a sua liderança tinha declarado, atacando
ontem (29), as posições das Forças de Defesa e Segurança, em Piro, Mucoza e
Gravata, distrito de Gorongosa, onde há registo de baixas assinaláveis do lado
das tropas do governo e da destruição de viaturas militares.O porta-voz da PRM
em Sofala, Daniel Macuácua, em conferência de imprensa que concedeu na manhã de
hoje (30), falou de ataque dos homens armados da Renamo, que saldaram na
destruição parcial de uma viatura das tropas governamentais.Todavia, uma fonte
independente garante que os guerrilheiros de Afonso Dhlakama infligiram pesadas
baixas nas Forças de Defesa e Segurança, em Mucoza, Piro e Gravata, no distrito
da Gorongosa, estes que enfrentam problemas de abastecimento logístico.(Magazine CRV)
sexta-feira, maio 30, 2014
"Na França não votam por questões ideológicas"-Michel Cahen


quinta-feira, maio 29, 2014
A escumalha que engorda África
Não se pode
ignorar que a situação africana é deveras preocupante e grave. Os pequenos
avanços em algumas áreas não substituem ou cobrem os fracassos graves em
grandes áreas da vida no continente. Golpes de Estado em permanência e
protagonizados por políticos e militares africanos na maior parte dos países,
motivados muitas vezes por uma busca do controle dos recursos minerais e de
outras riquezas, golpes palacianos, golpes constitucionais travam e impedem que
as instituições democráticas vinguem e floresçam. Ao nível da esfera económica
e financeira era incongruência total. Recursos em abundância e de qualidade
excelente não têm uma exploração que beneficie as economias africanas e seus
povos. Face à incapacidade de os Governos construírem agendas consensuais
que os unam e que fortaleçam as suas posições negociais, a Organização Mundial
do Comércio acaba adoptando instrumentos legislativos e de procedimentos
lesivos para África. Os termos de troca, o que África paga pelas importações e
o que recebe pelas suas exportações, são completamente desiguais, desfasados e
sem qualquer correspondência com os valores reais.
Nem tudo foi e é mal feito em África, diriam uns. E concordamos, embora não
tenhamos motivos para sorrir. Enquanto morrem centenas de africanos todos os
dias por doenças evitáveis, não se pode festejar. Enquanto milhares morrem
vítimas de conflitos sangrentos de natureza étnica, religiosa e económica, não
se pode descansar e festejar. Enquanto milhares recorrem à emigração ilegal
para escapar ao círculo da morte antecipada por razões políticas e económicas,
não se pode festejar. O aspecto mais preocupante é como a União Africana reage
aos conflitos fratricidas que ceifam milhares de vítimas inocentes. Como a UA
contrapõe autênticas violações dos direitos humanos mais elementares. Quando os
Governos falham no mais básico de suas obrigações, há razão para afirmar que
África está regredindo a largos passos. Presidentes de República
procurando eternizar-se no poder personifica apetites de natureza monárquica e
tribal.
Quando se diz que a UA é um clube restrito de ditadores e aspirantes a isso,
não se está longe da verdade. Preocupante é também a falta de líderes “proactivos”
e observar-se sinais preocupantes de aproveitamento por parte dos seus
parceiros externos. A ofensiva francesa em África, em nome de combate ao
terrorismo e pela defesa da vida humana no continente, tem outras
interpretações legítimas. O socorro de Paris insere-se numa tradição política
intervencionista, de cada vez que interesses franceses sejam colocados em
risco. A França sabe que não pode permitir que a instabilidade se aproxime de
suas fontes de abastecimento de urânio ou petróleo. A Grã-Bretanha utiliza como
cavalo de batalha da sua posição anti-Mugabe algo perfeitamente compreensível,
que é a questão de terras que foram confiscadas aos farmeiros brancos em nome
duma suposta reparação de erros e injustiças históricas. Mas este
posicionamento esconde um outro lado da moeda. Mugabe não é nenhum santo, mas o
Reino Unido é movido por considerações que pendem para a discriminação racial,
pois não impõe sanções, quando os seus “interesses vitais” estão
salvaguardados. Milhões de pessoas sofrem em várias das suas ex-colónias,
vítimas de abusos contra os seus direitos humanos, sem que se veja a sua
diplomacia pressionando os Governos promotores de tais abusos. Crime na Europa
tem de ser crime também em África e vice-versa.
Outra forma subtil de intervir e influenciar processos políticos africanos tem
sido a disseminação duma pseudociência. Impor aos africanos maneira de pensar e
proceder que os coloca sob influência daquilo que afinal são considerações
estratégicas dos países do Norte. Ao nível das instituições multilaterais, como a ONU, OMC, Banco Mundial, Fundo
Monetário Internacional, os critérios e avaliação e deliberações tomadas não
têm em conta aquilo que seria melhor para os países africanos. E os diversos
países africanos não conseguem jogar na unidade como forma de defesa e
protecção de seus genuínos interesses. Criou-se uma União Africana que nem
consegue travar chacinas inter-religiosas na RCA, e políticas no Sudão do Sul.
Qualquer crise humanitária tem de ser socorrida pela ONU, pelos EUA e União
Europeia.
Para combater a malária e a tuberculose é preciso esperar por doações
internacionais.
sexta-feira, maio 23, 2014
"Nós de Nós mesmos"
Muito
curiosa esta abordagem à discriminação racial dentro da mesma raça! Donde se
conclui que a discriminação está mais na luta económica ( nível de vida ) do
que na cor de pele. Todas as generalizações levam ao mesmo objectivo –
preservação do status social pela diferenciação da restante população.O
guebuzismo fez ressurgir, a discriminação racial, um tipo de “apartheid”,
fundado num sistema de castas raciais, mais pelo determinismo social e
político, como acontece na Coreia do Norte. Tal é manifestado nas seguintes
categorias raciais: os moçambicanos de gema, os goeses, os expatriados, os
tribalistas e os párias.Os
moçambicanos de gema, por contraposição aos goeses, são os negros. Estes
constituem a classe dominante.Na
procura do lançamento de um nacionalismo negro, o guebuzismo cunhou de goeses a
uma determinada elite que na primeira república era mais chegada ao presidente
Samora Machel e hoje é crítica aos métodos de governação de Armando Guebuza.
São indivíduos de primeira linha da Frente de Libertação de Moçambique,
Comprometidos
com o ser africano e a Negritude. Estes indivíduos, agora expurgados, têm
reminiscências raciais africanas, asiáticas e europeias.
Na
lógica dos porta-vozes do regime, os expatriados são jornalistas independentes
tidos como portadores de uma segunda pátria ou que não se deixam arregimentar.
São implicitamente os moçambicanos de origem europeia e africanos com uma
atitude de cidadania marcadamente universais e que se notabilizam por uma
atitude crítica e distanciada da governação de Guebuza. No advento da
independência assumiram a cidadania moçambicana e engajaram-se em todos os
processos/frentes da revolução.
Com
a emergência do liberalismo económico e da corrupção adoptaram uma atitude
social em função da realidade. São os considerados detractores e hostis ao
regime do dia, pois mantém a luz do dia, aquilo que foi o conto de fadas da
Frelimo: libertar a terra da opressão e do colonialismo, criação de uma
sociedade de bem-estar comum, um Estado social a exemplo da União Soviética.Alguns
hoje tidos como expatriados eram também intelectuais da primeira linha de
Samora Machel, a quem os novos ideólogos da Frelimo imputam as falhas e
descalabros cometidos pelo dirigente da primeira república.
Os
tribalistas são fundamentalmente os nacionais que se distanciaram da Frelimo e
encarnam outro conceito de progresso e nacionalismo. São os cidadãos das
cidades da Beira, e Quelimane, segundo disse recentemente um dos corifeus do
regime, porque votam no MDM. Contam-se neste grupo descendentes dos que
combateram o marxismo-leninismo e a ditadura em Moçambique mais os excluídos da
nova aristocracia e burguesia nacional. Contam-se também como tribalistas
aqueles cujo pensamento nacionalista não vai de acordo com o dogma do regime.
Os
párias do sistema são os cidadãos que exercem assumidamente a cidadania, quer
através de partidos de oposição, quer através do activismo em organizações da
sociedade civil. São os que o sistema não conseguiu capturar, incluso mais de
cinquenta por cento de cidadãos com idade eleitoral que não vota em virtude de
descrédito dos órgãos eleitorais.São
os tidos como cidadãos financiados com fundos estrangeiros para desestabilizar
o poder do “Filho Mais Querido do Povo”, termo que textualiza com “Querido
Líder”, como é apanágio do regime norte-coreano tratar Kim Jong I, no nosso
caso o Presidente da República.
Os
goeses, os expatriados, os tribalistas e párias são os considerados detractores
do regime e por isso alvos da purga do regime, quer a partir do aparato
militar, quer a partir dos órgãos judiciais.
A
primeira casta é a dos leais, coincidentemente o mesmo género adoptado pela
Coreia do Norte. Dela fazem parte os mais próximos ao Guebuza, aqueles que evocam
e exaltam o nacionalismo económico moçambicano (analogia implícita a uma elite
económica negra/de gema/genuína). Aqui cabem os filhos de Guebuza e dos
combatentes da luta de libertação entre si unidos, em diferentes alianças e
conexões empresariais. Inclui-se o círculo restrito do poder, a chamada linha
dura do actual regime e mais todos os entusiastas do presidente da República e
da Frelimo. Desta casta também fazem parte aqueles que buscam pela salvação
económica e temem o ostracismo (directores, ministros, governadores,
secretários dos bairros, administradores, chefes dos postos e secretários
permanentes) e parte dos cerca de duzentos mil funcionários públicos que não
têm outra forma de sobrevivência e não têm como se livrarem das amarras de O
Glorioso.Aqui
cabem ainda os juízes dos tribunais judiciais, administrativos e aduaneiros,
conselhos superiores de comunicação social e magistratura, reitores de
universidades públicas, PCAs de todas as empresas públicas e entidades
eleitorais.
Os
expatriados, goeses e apelidados tribalistas têm pouca possibilidade de
progredir na vida económica. Os leais são os que dentro da aristocracia têm
sangue azul. Têm mais hipótese de mobilidade até escala mais alta da
aristocracia/oligarquia/establishment, diferentemente de um mero cidadão comum.
Por exemplo, um cidadão, que esteve desempregado durante três anos, depois de
arregimentar-se de forma aberta, foi promovido a director de informação num
órgão de comunicação social e obteve licença de exploração mineira.
Qualquer
crítica fora da classe leal que puser em causa a forma de direcção do país, da
governação de Guebuza e do partido no poder, estuda-se o autor. Se for de um
goês, um indivíduo conotado tribalista ou um expatriado é alvo imediato.
Logo
é para ser abatido na imprensa pública (TVM, RM). Aqui só têm direito à opinião
os leais ao regime, nomeadamente os acólitos do regime, e todo aquele que,
temendo o ostracismo, pense dentro da linha do regime do dia, através de
hossanas ao também apelidado de Visionário, Clarividente e Generoso (termos com
que se pretende elevá-lo à qualidade de Guia Espiritual).Se
alguma crítica despir a qualidade sacro-santa do “Guia Espiritual”, os acólitos
de regime ensaiam a preparação da cama do autor, a começar pela TVM, RM, depois
via Conselho Superior de Comunicação Social. Em última instância o articulista
é processado pela Procuradoria da República.Num
país onde milhares de queixas-crime apodrecem nos cartórios das instâncias
judiciais, o processo do expatriado é julgado com celeridade.
O
caso Nuno Castelo-Branco, acusado de ofender o “Querido Líder”, é disso um
exemplo.Na
situação em que numa publicação os leais (Sargento Aposentado, Silvestre Nhungo
e Jorge Xiyahimassiku) da aristocracia ofendem um indivíduo que não seja de
gema, o pedido de desculpa deste (ofendido) é ignorado. O caso Sérgio Vieira é
disso exemplo.Um
dos acólitos do regime, cliente do Correio da Manhã, atribuiu parte de
responsabilidades dos descalabros de Samora ao jornalista Fernando Veloso, com
tons racistas, mas o CSCS faz vistas grossas.
O
“apartheid” introduzido por este regime em Moçambique têm alicerces no método
do controlo social do regime totalitário da Coreia do Norte.Tem
uma componente mais elaborada e intrusa, o que é feito na vida social e mormente
através de escuta dos telemóveis e policiamento social, incluso nas redes
sociais onde os acólitos lançam pedidos de amizade imbuídos de má fé.A
instrução do processo-crime contra Castelo-Branco é também mais uma forma de
fazer-se ao controlo de um cidadão nacional através deste clássico método de
‘apartheid’.
A
pressão sobre o poder judicial tem em vista a satisfação da expectativa de
alguns moçambicanos de “gema”, que pretendem ver reposto o seu orgulho ferido,
através de linchamento da “imprensa expatriada”.
No
cenário político actual não se reconhece nenhuma integridade ao tribunal. O
tribunal que está a julgar este processo, atendendo que o judicial está a ser
industriado a agir contra a mídia independente, que na óptica dos acólitos do
regime suportam a oposição.
O
poder político afirma amiúde que cumpre com a Constituição da República e o
princípio de separação de poderes, mas neste caso está-se a urdir uma sentença
política, para desencorajar os cidadãos e a sociedade civil crítica ao sistema,
de fazerem ondas.
O
que suporta a tese de que a “mídia expatriada” é inimiga declarada do
guebuzismo são as afirmações literais do secretário-geral do partido Frelimo,
Filipe Paunde, para quem a crítica ao autoritarismo do “Filho Mais Querido”
deve-se ao excesso de liberdade de opinião/imprensa. Todavia, o sentimento
quase generalizado dos moçambicanos é de que a fonte de discórdia nacional e a
razão da presente tensão político-militar do país é o “Filho Mais Querido”.Margarida
Talapa, outra figura como Paunde pertencente a “realeza”, tem o mesmo
posicionamento do seu secretário-geral no tocante a liberdade de imprensa.
A
memória dos homens que libertaram a pátria está corrompida pela arrogância e
prepotência.O
país viveu de 1975 a 1990 um regime totalitário e monopartidário. De 1990 até
2012 houve relativa fruição de liberdades: política, de pensar, de 2013
conheceu-se uma viragem.A
imprensa pública foi capturada pelo partido no poder.
O
país, com índice de pobreza de 54 por cento, agora vive novo conto de fadas.É um
índice de pobreza que vem de há mais de 10 anos, e que, se não tende a
agravar-se, tende a criar um grande fosso entre pobres e ricos.A
riqueza de Moçambique está grosso modo nas mãos da família Guebuza, o seu
círculo restrito e figuras de proa do partido Frelimo. Todo o crítico das
desigualdades sócio-económicas, da corrupção do Governo, da primitiva
acumulação de capital da parte da família do Presidente é apelidado “apóstolo
da desgraça”, “tagarela” e “intriguista”.
No
passado criticava-se o colonialismo pela restrição de direitos fundamentais.
O
conto de fadas que a elite política transmite é de que o colonialismo oprimia o
povo.
Fazia do moçambicano a sua propriedade. Todavia, a elite política é ao mesmo tempo a elite económica que reparte entre si o queijo dos recursos naturais e energéticos. Detém o estatuto de privilegiado, é protegida por lei. Um estatuto de que se serve para tratar os demais como súbditos e subordinados.Eis o que se vive: o endocolonialismo. Onde o negro nacional é o novo opressor.Todavia, hoje a oligarquia está a reproduzir os mesmos erros do passado. Os intelectuais são desencorajados de criticar os mega-apetites económicos e o autoritarismo do presidente.O partido Frelimo tornou-se dono do povo, a quem só é permitido venerar/exaltar o Clarividente e o Glorioso. Paunde, quando secretário da Frelimo em Sofala, defendeu a tese de que o multipartidarismo não é bom porque atrasa o desenvolvimento.Daí compreende-se a a sanha e saga contra a oposição e a liberdade de imprensa/ expressão em Moçambique.
Fazia do moçambicano a sua propriedade. Todavia, a elite política é ao mesmo tempo a elite económica que reparte entre si o queijo dos recursos naturais e energéticos. Detém o estatuto de privilegiado, é protegida por lei. Um estatuto de que se serve para tratar os demais como súbditos e subordinados.Eis o que se vive: o endocolonialismo. Onde o negro nacional é o novo opressor.Todavia, hoje a oligarquia está a reproduzir os mesmos erros do passado. Os intelectuais são desencorajados de criticar os mega-apetites económicos e o autoritarismo do presidente.O partido Frelimo tornou-se dono do povo, a quem só é permitido venerar/exaltar o Clarividente e o Glorioso. Paunde, quando secretário da Frelimo em Sofala, defendeu a tese de que o multipartidarismo não é bom porque atrasa o desenvolvimento.Daí compreende-se a a sanha e saga contra a oposição e a liberdade de imprensa/ expressão em Moçambique.
Ressalta
daqui um paradoxo recorrente, pois só a um escravo se lhe diz que tem excesso
de liberdade.O
hino moçambicano refere no último verso “nenhum tirano nos escravizará”, mas a
escalada de violência do poder político revela uma amnésia do passado e um
extremismo que poderá conduzir o país ao abismo.
Refira-se
que de 1990/2003 Moçambique chegou a ocupar um lugar de vanguarda em África no
campo da liberdade de expressão. À sua chegada ao poder, Guebuza agravou o
regime de indemnizações para o caso de difamações na imprensa: de quinhentos
meticais para vinte mil meticais.Em
matéria de respeito às minorias raciais, Moçambique conheceu uma fase sinuosa,
quando o então ministro do interior, Armando Guebuza, declarou 24/20 (vinte
quilos de bagagem / 24 horas para a expulsão), o que precipitou na saída em
debandada do país de 200 mil cidadãos brancos de origem portuguesa.
De
recordar que até 1976 havia nas cadeias moçambicanas cinco mil moçambicanos
detidos por pensar diferente. Os traumas estão latentes e o país funde-se numa
escalada de terror.O
isolamento do regime e a sua clausura, que se limita a um círculo cada vez mais
fechado, fez nascer na sociedade moçambicana duas classes sociais antagónicas:
os civilizados (leais ao Guebuza) e os bárbaros (críticos), por via disso
excluídos. Nesta dicotomia discriminatória há claramente uma instituição do
‘apartheid’, onde se materializa a instituição dos novos “mulungus” encarnados
num colectivismo dialéctico “nós” (defensores do guebuzismo) e “outros” (a
classe dos inferiores).
Daqui
infere-se a necessidade de os moçambicanos se rebelarem contra o ‘apartheid’
que tende a dividir os filhos desta mesma pátria. Há necessidade de os moçambicanos
indignarem-se contra este regime que já não oferece nenhuma visão quanto ao
tipo de sociedade que pretendemos ser. Há necessidade de os moçambicanos
perseguirem esse ideal porque o poder político está algo confuso. A soberania
que lhes foi outorgada na base do contracto social está a ser usada como um
meio de supremacia/domínio de um grupo fundado num chauvinismo aventureiro e
perigoso, capaz de levar a deterioração da paz social, deixando desamparado o
povo que esperada a protecção deste mesmo poder político.
A
liberdade, nos termos em que o poder político pretende coarctar, é
indisponível.
Ao contrário é a escravatura.(A.Timoteo)
Ao contrário é a escravatura.(A.Timoteo)
Instem a Renamo a deixar as armas
O
presidente da Republica, Armando Guebuza, apelou, esta sexta-feira (23), à
sociedade civil para que convença a Renamo, maior partido da oposição no país,
a baixar as armas e a voltar à mesa das negociações com o governo.«Penso que a
sociedade civil vai ajudar-nos a mobilizar a Renamo», disse Armando Guebuza num
comício em Chókwè, no início da presidência aberta na província de Gaza, no sul
do país.Segundo o chefe do Estado, os moçambicanos irão ajudar nessa ação
porque vão «perguntar» a Renamo porque «usam as armas, porque não querem conversar
para resolver o problema».Guebuza reiterou, ainda, a disponibilidade do governo
para dialogar e instou a Renamo a ouvir o povo, «porque todos almejam a paz».
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