segunda-feira, agosto 09, 2010

Txopela

Dizem os entendidos que foi a operadora móvel do sectro público quem primeiro introduziu na cidade de Maputo os triciclos motorizados ora transformados em motos-táxis, numa iniciativa que visava angariar maior número de clientes através da premiação com uma “voltinha” aos que comprassem recarga de um determinado valor. Independentemente da sua origem, a verdade é que aqueles populares transportes mini-colectivos de passageiros inundaram a capital moçambicana É assim que surgem os txopela (“pendura-te”), nome atribuído pelo proprietário da primeira frota. «Muitas vezes vale a pena apanhar um txopela do que aturar a humilhação dos chapas», afirma, um dos utenets acrescentando que também neste negócio não faltam oportunistas que se aproveitam da aflição alheia para aplicar tarifas mais elevadas do que os estipulados 25 meticais por quilómetro, preço que considera não acessível a muitos bolsos. «Mas é uma boa alternativa, já que o Governo não consegue resolver o problema dos transportes públicos». Como cogumelos, os txopela foram-se multiplicando à medida que surgiam mais candidatos à prática daquela actividade. O preço de cada triciclo motorizado no mercado varia entre 120 e 134 mil meticais, conforme revelou um dos promotores de venda deste estabelecimento comercial, adiantando que diariamente sai uma média de 10 unidades. Para atribuição da licença aos aspirantes à exploração do negócio de moto-táxis o Conselho Municipal cobra três mil meticais. O triciclo CNG é uma das opções preferidas de transporte público na Índia porque o sistema de machibombos (autocarros/onibus) não é muito eficiente e o tráfego é simplesmente caótico com milhares de veículos misturados e sempre a buzinar.

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