Bonifácio Gruveta Massamba, terá sido determinante no processo da queda, de David Mandevo Manhacha, primeiro secretário da Frelimo naquele ponto do país. Gruveta, antigo combatente, foi sempre visto como o “Governador de facto” na Zambézia e uma espécie “de ponta de lança”e protector político dos grandes interesses , a única réstia de manobra para se manter reconhecido pelos seus camaradas, já que o falecido Samora Machel não morria de amores pelos conterrâneos do general da reserva. Manhacha foi substituído interinamente pelo actual secretário para Mobilização e Propaganda da Frelimo naquela província, Rodolfo Uarela. É esta figura, natural da Zambézia, funcionário reformado da Empresa Electricidade de Moçambique, visivelmente cansado pela idade que deverá assegurar os destinos do partido até à realização de eleições previstas para Setembro. Mas a queda de Manhacha deveu-se a um ambiente mau que reinava no partido na Zambézia, aliado ao facto de o “camarada” ora destituído não se curvar perante uma certa elite política liderada por Bonifácio Gruveta. Por outro lado este não gozava de apoio dos zambezianos. Aliás, consta igualmente que a sua indicação em 2007 foi determinada por Luísa Diogo, membro da Comissão Política responsável pela província da Zambézia. Diogo e Manhacha são originários de Tete. No seio da Frelimo na Zambézia, Manhacha era também visto como uma personagem arrogante e um entrave para o desenvolvimento do partido. Apesar de possuir um eleitorado hostil a Frelimo, a formação política de Armando Guebuza venceu a eleição de 2009 na Zambézia e em todas as autarquias, resultados que não foram, porém, suficientes para manter Manhacha no cargo. Alguns frelimistas argumentam que com a chegada de Manhacha, a Frelimo virou um partido de intrigas, calunias, fofocas, tudo no espírito de dividir para reinar.
sexta-feira, agosto 27, 2010
General ainda manda
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