Sem sombra de dúvida, a pirataria é uma consequência directa do vácuo de poder reinante na Somália desde 1991. O frágil governo de transição de Abdullahi Yusuf Ahmed já é a 15ª tentativa de encontrar uma saída pacífica para o país. Um sistema estatal e jurídico operante continua sendo uma meta longínqua. Segundo dados de organizações humanitárias, a metade dos somalis depende de ajuda externa para sobreviver. E centenas de milhares passam fome. Funcionários e representantes do governo embolsam polpudas somas com os negócios ilegais diante da costa somaliana. Em especial na região autônoma Puntland, no nordeste do país. Lá, transcendendo as solidariedades tradicionais, uma rede de corrupção sem precedentes une tanto clãs locais e piratas quanto membros do governo nacional, partidos de oposição e movimentos militantes.
No vídeo: um petroleiro russo foi aprisionado por piratas somalis.A força naval da União Europeia, que patrulha aquelas águas, não interfere temendo baixas na acção.Os comandos navais russos são accionados. Resgatam o petroleiro, libertam os seus compatriotas e transferem os piratas, inclusive os feridos, de voltapara o barco pirata, que é vasculhado em busca de armamento que, como se vêé numeroso.Falam em russo (um pirata, muito ferido, diz algo em inglês).Voltam para o próprio vaso de guerra, de onde assistem ao afundamento dobarco pirata, em consequência das explosões das cargas por eles lá instaladas."Os comandos afundam o barco com os piratas sem qualquer procedimento legal (tribunal, processo, advogados,etc.) Usaram as leis contra pirataria dosséculos 18 e 19, quando o capitão do navio de resgate tinha o direito dedecidir o que fazer com os piratas. Normalmente eles eram enforcados."
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