Em teoria, entendo que um jornalista, sobretudo se sedento de notoriedade, poderia perguntar ao Papa qual foi a última vez em que teve relações sexuais; ao primeiro-ministro se recebeu dinheiro dos Chineses para facilitar acordos; ao Presidente da República se não está arrependido de ter mandado um assessor filtrar uma notícia falsa a um jornal, etc., etc., etc.Para que não fiquem dúvidas: condeno este tipo de perguntas, tal como estão enunciadas, porque as considero insultuosas. De igual modo discordo na totalidade do jornalismo seguido pelo Jornal Independente ZAMBEZE, (ver foto). Isto é afastar-se das pessoas, trair a grande tradição da seriedade, partindo para o servil, copiando o péssimo, um certo tipo de jornalismo anglo-saxónico, com o qual pouco temos a ver. Isto acontece com o jornalismo «descomprometido», chegando a ser insultuoso. Todo o jornalismo, sobretudo o da tal «distanciação», está comprometido, neste caso com deplorável, com o desprezo pelo humano, com o desdém pelas causas. O compromisso com o humano possui um carácter ético, moral. Tão simples quanto isso.
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